Sociedade voluntária

Sociedade voluntária

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O Alfa e o Ómega

E está praticamente terminado, 2011, mais um ano, é verdade mas não um ano qualquer, muito menos um ano como qualquer outro.
2011 foi um ano especial, foi um principio e um fim, o Alfa e o Ómega como a vida assim o é!
Este ano trouxe o fim de uma realidade, fim de um conjunto de conceitos que suportavam, que enraizavam as crenças-pilar da construção de uma sociedade que até ontem julgaríamos duradouras.
2011 trouxe a primeira onda do tsunami que se nos apresenta desconhecido…ainda, o primeiro alarme de que algo profundo está para acontecer, para mudar, a paisagem que nos permite reconhecer o caminho do futuro está a desvanecer, o passado começa a tomar conta dos nossos medos e os sonhos estão anestesiados.
É sabido que as grandes mudanças causam sempre sentimentos de incerteza e receio, mas os factos e os indícios contribuem para o cimentar dessa experiencia, pois muito pouco ou nada nos faz crer que esteja realmente uma luz ao fundo deste túnel.
O ritmo dos acontecimentos permitem pressupor que existe uma formatação, têm seguido um padrão orientado num determinado objectivo, esse que resembla forças de domínio, opressão e extermínio no passado.
Trouxe também um princípio, o desenhar de outro conjunto de conceitos para construção de outra realidade que aparentemente perfilha muito menos respeito pelo ser humano.
Podíamos e devíamos estar numa época de mudança, mas uma mudança no sentido da evolução do ser humano, da espécie e do desígnio de uma nova sociedade, de outra forma de interacção entre indivíduos, consonante com a era digital, a robótica, a informação, a realização individual, a igualdade e a liberdade.
Mas 2011 não nasceu assim e sem essa intenção vai terminar, tendo oferecido no seu deambular pelo tempo o gosto amargo da perspectiva de um retrocesso, a ansiedade da incerteza e o receio de que o pior ainda está por vir.

Assim os votos de ano novo são votos de exigência para com os representantes da sociedade,
de vigilância e determinação na defesa de valores civilizacionais para os cidadãos e individualmente o gesto possível para ajudar outros a entender o sistema que na realidade nos mantém prisioneiros.

Um abraço que espero possa continuar livre.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

À quadra da solidariedade hipócrita.




A igreja ostentava o peso de quem possui a autoridade de durante dois mil anos explicar ao homem as regras ditas por quem “governa” o universo e o mundo.
A idolatria completava o cenário, criando um ambiente que transpirava teatralmente a representação de um texto gasto.
Os súbditos, como lobos em pele de cordeiro, cumpriam o seu dever, participando no ritual que os voltaria a tornar cristalinos qual a mais pura água das fontes, permitindo assim que retomassem as mesmíssimas atitudes que os levaram a entrar naquele lugar.
As palavras de entoação divina perdiam-se nos espaços em branco deixados pela dúvida e pela incerteza da vida fora daquelas quatro paredes.
O sacerdote esticou a mão, depositando na boca de alguém a moeda de troca para quem purgou naquele instante o fardo da falta de vontade e de humildade para alterar a sua atitude perante a vida.
O santo líquido, modernamente, liberta-nos dos pregos que acumulamos diariamente e que desesperadamente não julgamos nossos, a cruz de Cristo transporta-nos à nossa própria crucificação quotidiana, majorando-nos no final de cada dia a persistente questão da essência da vida.
A emoção, reverberada pelas milenares pedras da sagrada construção, crava na alma e no peito a criogénica suspeita da não inevitabilidade.
Lá fora, ou outros, parte de nós dividida pela matéria, seguem os rituais, determinados por um objectivo que teima muito pouco oferecer.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Faltando à autoridade de Deus.

O universo parece reger-se por uma autoridade, pelo menos assim crê a maioria dos seres humanos, visto existirem regras que definem e condicionam o seu funcionamento (aparentemente), tendo em conta a profundidade do conhecimento humano.
Os elementos têm certas características e obedecem a determinadas regras que segundo a leitura da humanidade correspondem a estruturas hierarquizadas.
Ao longo dos tempos a humanidade tem construído as suas sociedades com espelho nas interpretações destas observações.
Se a construção cósmica é uma hierarquia autoritária com regras intransponíveis e como tal não sujeitas a discussão, compreensão e aceitação por parte dos seus intervenientes, pelo homem, então o ser humano está desculpado, perdoado, pode repetir os mesmos erros vezes sem conta, reviver os ciclos infinitamente pois a sua voz, a sua acção, o seu entendimento e a sua vontade em nada influenciam a realidade e o desígnio último da mesma.
Somos nesse caso marionetas, em que o limite da nossa acção é determinado pelo comprimento das cordas do todo.
Mas parece, que a autoridade gosta de ser desafiada, permite até uma pequena brecha para que os mais audazes se atrevam a espreitar e ousem contrapor o desafio.
Estamos a presenciar um tempo em que as observações dão lugar a novos conceitos e novas visões do universo, do mundo e das sociedades humanas.
Hoje, o vazio cósmico não o é, a velocidade da luz não é o limite, a matéria não é sólida, a teoria da sobrevivência do mais forte demonstrou não funcionar, o homem continua desigual e o sonho é inerte.
Mas se a construção cósmica não for uma hierarquia autoritária, e tudo o que existe for de livre vontade, se o electrão se movimenta não por obrigação mas por ser aquilo que melhor sabe fazer, correr correr, desenfreadamente, e tanta vontade de correr gera um campo magnético, um orgasmo cósmico permanente.
E se tudo for conforme a nossa vontade?, aí a realidade apresenta-se diferente, o homem não pode repetir os mesmos erros vezes sem conta, tem uma responsabilidade,  um dever e um direito, tem o dever de reunir todo o seu saber, toda a sua vontade e construir a melhor sociedade que puder e também o direito de exigir uma sociedade que seja a melhor que é possível ser com os actuais conhecimentos da humanidade.
Se assim for não existem cordas que nos limitem a não ser as nossas próprias cordas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Um colectivo de homens livres.



Um homem de estômago vazio não é um homem livre.
Um homem nestas condições é um homem condicionado, limitado nas suas acções por uma necessidade que tolhe o melhor que existe em si.
Um homem com fome não vê o colectivo, não vê uma sociedade, vê-se apenas, ele próprio, um fragmento de algo que foi deixado separado, não valorizado.
Um homem com fome não é um homem igual, os outros que não a sentem não são homens iguais.
Recuso aceitar-me igual a outros com existência nessa condição e recuso aceitá-los como iguais.
Para ser verdadeiramente livre o homem tem que ser igual, não na sua expressão mas na sua condição e então, só então, o homem livre entre os livres, vê um colectivo de homens livres e livremente contribui com o seu melhor para o cumulativo.

sábado, 17 de dezembro de 2011

A economia e as necessidades.



Sabemos que o actual paradigma económico, - o conjunto de interpretações, sob forma de conceitos, tornados regras de modo a permitir organizar a actividade humana no seu desígnio de sobrevivência e resfolgo da incerteza e da dor, chamado de economia, - requer um constante crescimento da mesma, os signos representativos da actividade humana precisam ser de ciclo para ciclo superiores ao anterior para garantir que estamos efectivamente a afastar o fantasma de uma existência dubitativa, dizem-nos!
Chegam mesmo a conceber um limite, um valor mínimo sobre o qual a nossa percepção de segurança, a nossa crença na continuidade da vida está assegurada, abaixo desse valor a vida é heteróclita.
E vivemos assim, geração após geração acreditando que a nossa intervenção no arranjo e rearranjo da matéria tem obrigatoriamente de acrescentar mais, ciclo após ciclo.
Mas será realmente assim? Terá a economia efectivamente que crescer todos os anos mais? Existe a necessidade de um crescimento mínimo determinante para satisfazer os requisitos das populações? É esse acréscimo da actividade económica devolvido às forças que lhe deram origem?

Sabemos que o paradigma actual fomenta, demanda e não se mantém sem um consumo intensivo e constante, temos consciência que consumimos muito mais do que na realidade precisamos, fomos e somos estimulados, verificamos que não são as nossas necessidades que impulsionam um crescimento perpétuo mas o crescimento perpétuo que requer o nosso consumo intensivo e constante.
Tendo este efeito em conta, o aumento das necessidades de determinada sociedade não será tão substancialmente maior no período seguinte que obrigue a valores padrão de crescimento, e mais, sabemos que actualmente é introduzido um factor disruptivo para condicionar a vida útil das produções.
Não são as necessidades dos indivíduos que obrigam a uma produção exponencial é o sistema que o exige.
E porque se adopta um sistema com estas características? Porque é preciso que a sobrevivência das pessoas dependa daquilo que produzem e para manter essa dependência requer-se cada vez maior nível de produção e o interessante é que o proveito de toda esta escalada de produção não reverte equitativamente a todos os sectores da sociedade como seria expectável num circuito fechado que supostamente se pretende eterno.
Como é fácil perceber, um sistema estabelecido no princípio do crescimento exponencial é um sistema falível, pois é impossível um incremento perpétuo com recursos limitados, tal sistema torna-se então ele próprio um ciclo, com fases disformes entre si, finito.
A alternativa, um novo sistema, uma nova forma de ser, um equilíbrio entre as necessidades reais e não induzidas, a repartição da participação dos indivíduos na sua produção, reduzindo a intensidade da participação individual, incorporando excluídos e distribuindo proveitos com justeza.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O trabalho e a tecnologia.



Está o mais distraído convencido de que é preciso trabalhar mais? Ou existe uma segunda leitura na proposição de tal argumento?
Quando no passado, mesmo recente, á cinquenta anos por exemplo, se discutia o desenvolvimento tecnológico, o grande desenvolvimento tecnológico que o futuro nos traria, um dos benefícios expostos era a visão de que no futuro o homem estaria muito mais liberto do trabalho, consequência da automação da industria, da produção e que a vida das pessoas seria muito mais gratificante ficando responsáveis apenas pela criação de novos sistemas e sua gestão.
Foi uma previsão acertada, chegámos cá, parcialmente, a tecnologia permite hoje alcançar esse objectivo, não tenho dúvida, a tecnologia cumpriu a sua promessa mas nós seres sociais não! No tempo dos satélites, estação espacial internacional, acelerador de partículas, neutrinos e bosões, querem fazer-nos crer que não é possível libertar o homem do trabalho servil e mercantilista e no entanto fomos nós enquanto organização social que não permitimos e continuamos a não permitir que a tecnologia nos liberte.
Paradoxalmente o presente obriga-nos constantemente a trabalhar mais, fazendo-nos crer inevitável tal condição paralela ao estatuto tecnológico.
O erro é tão grande que no momento em que o mundo subdesenvolvido ou em vias de, dispõe finalmente das capacidades tecnológicas que nós usámos e lhes “facultámos” para que possam elevar-se ao nível que o “Ocidente” atingiu, o que fazemos? Em lugar de dar o passo em frente que seria de esperar, ou seja transitar progressivamente de uma sociedade de trabalho humano intensivo próprio das fases industrial e pré-informação, para uma sociedade de trabalho humano participativo, por outras palavras, automatizar, automatizar, automatizar para reduzir a necessidade de intervenção e diminuir a carga horária do trabalho na sociedade, mantendo os níveis de produção suficientes e indicando claramente o sentido a seguir pelo resto do planeta, o caminho escolhido, foi o da regressão, destruir parte do percurso evolutivo já percorrido e harmonizar por padrões de inferioridade.
A tecnologia não nos libertou já, porque não somos apenas trabalhadores, somos um bem, um activo que precisa de estar dependente para poder ser controlado e assim valorizado (obrigado a produzir mais) ou desvalorizado (auferindo menor salário) para valer ainda mais, é esta escravidão dissimulada que pode ser difícil decifrar, e permite um sistema em que meia dúzia domina milhões de pessoas independentemente do nível tecnológico alcançado.
Não é portanto a técnica que nos prende é a doutrina, a política e em última instância os valores morais, a consciência do ser humano.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Como o capitalismo mata os nossos filhos...



Imperativo ver!
O que nos dão a comer sob o mote do dinheiro.
Venenos e mais venenos.

A agricultura e pecuária intensivas, ou a necessidade de fazer dinheiro o mais rápidamente possível, mata-nos e aos nossos filhos, lentamente.

AVISO: pode levar os mais susceptiveis á revolta.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O muro ...


de mongchilde

É a arte a mais sublime capacidade do conhecimento?

É o muro hoje mais alto?
São os tijolos de tal forma transparentes que nos dificultam a percepção da dimensão do muro?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Indefinite Detention

The recent passage of the National Defense Authorization Act (Senate Bill 1867), otherwise known as the “Indefinite Detention Bill, effectively hands over control to the military to arrest, torture and even kill terrorists on American soil. It also allows the military to hold suspected terrorists indefinitely without a trial or due process. This applies to both non-citizens and citizens of the United States! With this bill, you are not innocent until proven guilty. You are guilty until proven innocent, and you may never get a trial to defend yourself.

USAWatchdog.com 




Detenção indefinitiva?

É pá cuidado que normalmente aqueles ventos sopram para os lados da Europa, muito cuidado!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

telegrama

 Dólar precisa desvalorizar para responder necessidades americanas. Stop
 Euro ganhava estatuto de alternativa ao dólar. Stop
 Dólar não pode ser desvalorizado sem acompanhamento do euro. Stop
 Alemanha tem resistido a desvalorização. Stop
 EUA fazem pressão para que euro desvalorize. Stop
 Notações das agências de rating são pressão exercida nesse sentido. Stop
Com toda incerteza, fragilidade, pré-bancarrota e austeridade dos estados, euro continua  valer mais que  dólar. Stop

domingo, 4 de dezembro de 2011

O dia depois do amanhã.

A coisa está feia.
Sabemos bem, e sabemos que vai piorar.
Ouvi recentemente alguém relativamente bem informado dizer;
não sabemos o que aí vem, mas os sinais indicam que é algo grande e mau!
Partilho desta opinião, tenho tentado estar o mais informado possível e os indicadores dizem-me precisamente isso, vem aí algo grande e mau.
A economia está um caos, a mesma receita que conduziu a este resultado está a ser aplicada nos países que ainda estão em crescimento, quase que garantindo o mesmo destino.
O conjunto de regras que nos trouxe até aqui não serve para nos tirar daqui.
O sistema financeiro está sequestrado, ultrapassando a sua função de servir a economia real tornou-se um buraco negro.
A juntar, uma “aparente” tentativa de imposição de doutrinas anti-democráticas e o reposicionamento de grandes forças num teatro que encena a antecipação de um grande conflito militar.
Dissecando;
As economias não vão mais crescer, não com este conjunto de regras, a austeridade espalha-se pelo mundo, os recursos são os mesmos ou menos, para o desenvolvimento de mais países,
esqueçam as exportações, não vão ser  a resposta.
O sistema financeiro ultrapassou a sua competência, criou um universo paralelo virtual desligado da base económica e em lugar de servir a economia serve-se dela e condiciona-a.
O paradigma da produção massiva e consumo constante terminou, os empregos e os rendimentos estão a cair.
As liberdades estão a ser limitadas, sub-repticiamente, com governos não eleitos e até com colocação de tecnocratas em governos eleitos.
As movimentações geopolíticas mundiais demonstram posições de totalitarismo, impondo vontades e invadindo soberanias em actos considerados de guerra.
As grandes nações, com real poder internacional fazem lentamente notar a sua preparação para um eventual estado de guerra, torna-se claro o posicionamento estratégico militar em preparação para um conflito.
Seja resultado de um conflito militar mundial, seja resultado de uma expansão global de doutrinas autoritárias/ fascistas o dia de amanhã será feio, assim parece, mas…
no dia depois do amanhã ,os que ficarem, os que sobreviverem terão apenas um imperativo;
construir uma nova sociedade, melhor, mais justa, mais igual e se na presença de doutrinas que apresentem incertezas quanto á sua intenção, o filtro a submeter é e será sempre o da generalização do beneficio e da supressão das divisões.
A reter na memória dos que ficarem;
A economia é a interacção entre seres humanos
A moeda é apenas um meio de troca, não vale por si, mais que o suor de um homem
O trabalho é uma forma de realização do indivíduo, não pode ser forçado
A sociedade é constituída por laços de partilha entre indivíduos e é necessário reservar tempo na vida das pessoas para essa relação.
A desigualdade conduz sempre a uma ruptura
A tecnologia permite libertar o homem
Um homem livre é um homem igual.

sábado, 3 de dezembro de 2011

O ideal ...

Desde o primeiro dia em que o ser humano se encontrou consciente na superfície deste planeta, a sua principal preocupação foi desde logo como manter-se vivo, como sobreviver num ambiente desconhecido e agressivo.
Pouco a pouco ao descobrir, conhecer e dominar os meios que lhe permitiriam desenvolver acções que possibilitavam o afastamento da incerteza sobre a capacidade de se manter vivo, estava, nesse preciso momento a criar o conceito de ideal.
No preciso momento, e no mais básico reflexo animal, em que determina, que existe para cada uma das suas necessidades, um método, uma forma de melhor realizar uma acção ou conjunto de acções que conduzem ao resultado desejado, está o homem a conceber um ideal.
Um ideal é na sua leitura mais simples, o uso dos sentidos na formulação de um conjunto de percepções (ideias), (com base teórica ou factual) que constituem um modo de acção e interacção de um indivíduo ou organização no sentido de diminuir o esforço, a dor e a incerteza quanto ao insondável dia de amanhã.
Podemos concluir que com esta enunciação, um ideal é sempre um instrumento para benefício do ser humano, de procura de elevação das sociedades para estágios de interacções generalizadamente mais gratificantes, menos escravizantes e mais libertadoras.
Esta é a minha visão de ideal, a concepção de um método, um modo de acção que nos permite sair da gruta com o menor risco, caçar os animais que são necessários para alimentar a tribo com o menor esforço e dor possível, e regressar á gruta para desfrutar o assado e a companhia dos outros membros do clã.
É claro que o tempo e a inteligência humana rapidamente trataram da divisão, e o conceito derivou para uma interpretação que se permitiu á dominação substituindo a paridade.
Passou então um ideal a ser considerado uma serie de acções, discursos ou ambições no sentido de manipular os intelectos ou consciências, das reais intenções de determinada formulação ou conceito.
Desta forma o ideal é hoje utilizado como instrumento de manipulação e convencimento dos indivíduos através de postulados ilusórios e não correspondentes á real natureza dessa formulação conceptual.
Também nesta matéria podemos avançar regressando ao passado, incorporando a aprendizagem do presente e devolver ao futuro o ideal que grandes homens descreveram, como a criação de um horizonte onde todos têm lugar, sem discriminação e com o igual direito a um pedaço do assado.

domingo, 27 de novembro de 2011

Processo de empobrecimento em curso...

Em solidariedade com o Rei dos Leittões...

Sei que vou ser ainda mais pobre, estou preparado.
Desde 2008 que tomei a vacina imunológica ao consumismo e á dependência da matéria em termos generalizados.
Sou um resistente, sempre fui!
Consigo sem grandes problemas estar longos períodos sem comer, tenho aos poucos ganho uma resistência mental ao frio, não me faz falta a tecnologia, uso-a porque disponho mas se faltar sigo em frente.
Sei fazer fogo, sei cozinhar, sei fazer pão, sei semear e plantar, conheço as principais plantas da alimentação humana, sei produzir água potável e como aquece-la através do sol, sei como conservar legumes, peixe ou carne sem electricidade, sei fazer argamassa sem cimento, sei construir uma casa de raiz, sei como produzir gás a partir de madeira, sei que consigo viver com muito pouco, é um desafio e estou pronto a ajudar quem precise, quem não tem estes conhecimentos, a partilhar.
Não me preocupo comigo.
Não quer isto dizer que não me indigne com este retrocesso civilizacional, pois ter a capacidade de sobreviver não implica concordar com a generalização da miséria, ainda mais em nome de um paradigma financeiro.
Mas sim existem dois factores de preocupação para mim, o primeiro são os meus filhos que não estão preparados, são tenrinhos ainda, não adquiriram a perspectiva, a convicção de que uma grande parte do conforto que nos assiste é bom, é um sinal evolutivo das estruturas da humanidade mas que em caso de última necessidade são supérfluas, podemos passar sem elas.
O segundo factor relaciona-se precisamente com os bens materiais mas noutra abordagem, ou seja, o perder de uma batalha nesta guerra de empobrecimento, o facto de perder alguns ou muitos bens materiais conquistados com enorme esforço é de certa forma dar a vitória ao inimigo, é permitir que alcancem realmente os seus objectivos e não gostaria de lhes dar essa alegria.
Não me preocupo comigo, estou preparado, amarrado á solidez da convicção de que o resultado desta luta será uma sociedade melhor, mais evoluída.  

Um abraço livre.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

É para isto que serve um governo...



Vale a pena ver, especialmente a partir dos 5 minutos até aos 11.
É claro o porquê de ser impensável deixar os cidadãos tomar as decisões.

Isto é também parte do processo de desmoralização da sociedade; o exemplo que as elites transmitem ás massas.

Isto é também grande parte do valor do deficit/dívida.

domingo, 20 de novembro de 2011

O processo de desmoralização ou…

porque continuamos a precisar da autoridade!

Precisamos realmente de uma autoridade?
Precisam os indivíduos, na realidade, de um governo?
Claro que sim, “alguém” tem de ditar as regras que todos cumprimos, responderão alguns, talvez muitos! Mas é preciso perceber que chegamos a essa resposta porque fomos sujeitos a um processo lento mas eficaz de desmoralização da sociedade.
O homem é um animal de hábitos e estimulável, muito estimulável.
O processo passa por eliminar as construções morais ou seja, as características de carácter, as virtudes, os mecanismos que permitem reconhecer no outro, os mesmos direitos e necessidades que a nós próprios, requeremos nos assista.
O estímulo é simples, transfere-se o desejo interno de realização do ser humano para um objectivo externo, a necessidade de acumulação, hoje quase ninguém trabalha para se realizar, todos trabalham para acumular, possuir capacidade de aquisição, pois o objectivo último da vida não é ser, é ter o mais possível.
Para reforçar mais este facto, torna-se absolutamente imperativo que a sobrevivência esteja directamente relacionada com a capacidade de acumulação numa perspectiva individual, então fornece-se aos indivíduos uma educação estritamente profissional, para que o seu desenvolvimento se limite exclusivamente a essa área e construa um perfil competitivo que o encarrega de ver nos outros um inimigo e, em todos as circustancias, uma batalha que tem que vencer.
Está criada a condição para que o indivíduo dependente da sua acção para sobreviver num contexto onde o imperativo maior é garantir a si próprio, não tem amarras mentais a usar todos os meios disponíveis na perseguição do objectivo.
É a partir deste ponto que as pessoas perdem a capacidade de se auto-regular, disciplinar e consciencializar da intenção do acto humano e da soberania individual.
Lembro o tempo dos avós em que transacções entre pessoas eram fechadas com um compromisso de honra.
Que é feito desse ser humano o qual uma palavra o comprometia e cumpria até sobre um manto de sacrifícios, esse que tendo só uma sardinha a dividia com outro ou como alguém disse recentemente, esse que pedia desculpa.
Que é feito da honestidade, do orgulho saudável, da solidariedade, do voluntarismo, da humildade?
 Neste caminho é óbvia a continuação e aumento da necessidade e intervenção de uma autoridade, que crie regras para “todos”.
Quanto menor a qualidade do carácter, menos virtudes o individuo possuir, mais precisa de uma autoridade externa, mais dependente fica e menos livre é e com isso a presença sempre crescente de quem lhe vai ditar as regras e cobrar por isso.   

sábado, 19 de novembro de 2011

A nova vaga fascista….


O propósito último de todo e qualquer império é a dominação, dominação territorial que por sua vez proporciona a dominação dos recursos naturais.
Se no passado a dominação era consolidada com uma efectiva presença nos territórios ocupados, no presente a estratégia de ocupação é muito mais subtil e eficiente.
A ocupação do território é mínima, o que se ocupa em seu lugar são as mentes, os hábitos, a educação, a economia, o desenvolvimento e os líderes desses países.
A estratégia do novo imperialismo, podemos definir como “parcerias planificadas” sendo que o parceiro é induzido a definir como sua acção o que na realidade é a acção do outro, contribuindo indirectamente para objectivar um desígnio que não seu.
O método implica a expansão da identificação com a cultura, valores e modo de vida do ocupante, implica a progressiva degradação do sistema educativo, desmoralização da sociedade (eliminação das suas virtudes) e respectiva substituição por objectivos externos ao indivíduo e passíveis de manipulação ou remoção.
Requer uma pseudo ajuda económica ou financeira que na realidade acaba por reverter á origem através de dinâmicas intituladas de “desenvolvimento” e requer também a aliança dos líderes políticos locais.
Assim tijolo a tijolo vai sendo consolidada a presença no território até a altura em que a estrutura militar poderá surgir e consolidar a sua influência sem denotar com isso uma ocupação pois poderá até ser acolhida de boa vontade.
Excluindo as elites políticas e alguns intelectuais, as sociedades de um modo geral não depreendem que os seus países estão na realidade ocupados por uma força externa nem
que essa força é o braço de um império que influi e determina a direcção de inúmeros países no mundo.
Apenas e só se a resistência de um país impedir a parceria planificada e a sua importância for relevante se intervirá de forma militar convencional.
A actualidade revela este padrão de dominação de forma perceptível e o império pretende auto-titular-se como o ultimo, o único.
A batalha desenrola-se no tabuleiro que continua a ser o mais importante do planeta, o Médio-Oriente, fundamentalmente pelo factor energético mas também geo-primazia.
Os acontecimentos que nos últimos anos se sucedem, resultam das intenções e acções de domínio daquela geografia garantindo recursos, influência e impedindo o avanço de outras predominâncias geoestratégicas.
Definido como o ultimo império, nenhum mais sucederá, para tal o domínio terá de ser global, o único, sem adversário, oponente, pelo menos com significado, que represente perigo e as armas são a economia e a finança sob supervisão da ameaça do poderoso complexo militar.
Para dominar a economia são precisas empresas (corporações) de dimensões e produtividade comparáveis a países e dispersas globalmente actuando como forças de controlo e financeiramente é necessário controlar o sistema bancário através das instituições internacionais e melhor ainda possuir a moeda de referência mundial.   
Supervisionando estas, está a presença militar semi-dissimulada e a demonstração/propaganda de supremacia militar.
Acima de tudo é a ofensiva financeira e económica que atinge a Europa condicionando a escolha que melhor serve o império, enquanto noutros pontos, nomeadamente o Médio-Oriente é a clássica intervenção militar e a substituição dos líderes não cooperativos, já na Eurásia é a “parceria planificada” ou a co-opção (opção adjuvada) impedindo a expansão das forças oponentes ou com similar interesse.
Independentemente da fase evolutiva da intervenção ou do método utilizado (que estão directamente relacionados) apresenta-se uma predominância global imperialista com características corporativistas e supremacia financeira a que se costuma denominar de Fascismo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Despertar ...

Em solidariedade com o purgatório

Acordar tornou-se a tarefa mais ingrata do dia.
Seja verão ou inverno, retirar o esqueleto da cama é um esforço inglório, não porque o ritual que se segue seja difícil, é já uma rotina, …não porque o dia de trabalho seja complicado ou anormalmente stressante porque o fazemos á muito e fazemo-lo bem, dominamo-lo, …não porque a idade pese, não mais do que ontem ou no mês passado, … apenas porque desapareceu o sonho, fugiu o ideal, o propósito, o sentido.
A sensação de que amanhã seria com toda a certeza melhor que hoje, que a acção de hoje estava a construir o bem-estar de amanhã, …evaporou-se, puff e com ela a vã glória de carregar ás costas o peso de uma vida, que se revela cheia de nada. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os miseráveis são limpinhos.

Os miseráveis são limpinhos.
Acompanham-se bem na doutrina do verbo, limpos no fato da lei.
Surgem na oportunidade dos acontecimentos, seguem os da  frente sem questionar, sem querer estampilhar vontade própria, são seguidores prontos á dominante, tanto dormem com A como acordam com B.
Os miseráveis são limpinhos, golpeiam a realidade por forma a que esta impere disforme e assim verdade para todos, na cor e deleite do reino que subsiste, mas sempre dispostos a atravessar a estrada, com pé no outro passeio quando for de melhor.
Os miseráveis vendem, negoceiam e acumulam, tanto cá como para lá da fronteira do ser humano.
Os miseráveis são eles, os que se vêem na ponta do dedo e estão em todo o lado.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Isto continua a ser muita bom!!!!!!

guia prático de ...

...como fazer inimigos em 5 etapas.


1- Prime pela honestidade e transparência

2- Seja franco e verdadeiro
3- Não admita comportamentos pouco éticos e se possível denuncie-os.
4- Acrescente virtudes ás pessoas ou circunstâncias.
5- Lute por ideiais e valores civilizacionais.

Sucesso garantido ou os seus "amigos" de volta.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O resto das nossas vidas...

E chegamos aqui, ao capitulo da austeridade, fase intermédia do nada, preâmbulo do novo,
marcha fúnebre de um paradigma.
Anuncia-se a necessidade de um reajustamento recessivo como forma de alcançar um novo equilíbrio que permitirá então voltar a um percurso de crescimento, e vemos na Europa, os países, um atrás do outro, sujeitos á imposição de medidas que ultrapassam a eventual necessidade de reduzir o consumo compulsivo e a configurar uma regressão das conquistas elementares de uma sociedade evoluída.
O pressuposto de que, e não contrapondo argumentos quanto á efectiva necessidade deste tipo de reajustamento, atingido tal fim, a economia estará pronta a avançar, a seguir caminho como se fora apenas um interregno e o vapor será outro, temo muito ser uma ilusão, falta de visão ou então propósito.
A realidade que se me perspectiva é a de que com o mesmo sistema financeiro e económico,
com o mesmo paradigma, se princípios fundamentais não forem alterados, não haverá crescimento, jamais, apenas marasmo, haverá é uma austeridade permanente, declínio dos parâmetros civilizacionais e redução da população.
No ocidente, nas economias Europeia e Americana, consequência da globalização de dominação financeira, ocorreu um processo de desindustrialização, e blá blá blá, já todos sabemos como e porque aconteceu, o que podemos não saber é que a ultima consequência desse processo é precisamente a impossibilidade de continuação do mesmo sistema.
A China está em crescimento acelerado assim como a Índia, o Brasil, a Rússia, a África do Sul,
em suma os BRICS, os emergentes, estão na senda de alcançar os índices de desenvolvimento existentes no mundo ocidental, e para isso é requisito essencial , neste sistema, a produção massiva constante, o consumo massivo constante, ora a Europa e os EUA estão em recessão, os rendimentos das pessoas estão em queda real no mínimo á uma década, o poder de compra vai ser ainda mais diminuto consoante novos países entrarem em regime de austeridade, o que também se aplica aos EUA é só esperar para ver, apesar e sobretudo de deterem a capacidade de desvalorizar a sua moeda.
Como já se percebe continuam a apontar como saída para a crise a competitividade, todos os países tem que ser mais competitivos, produzir mais, vender mais, mas o que ninguém ousa perguntar é vender a quem?
Quem é o comprador dos produtos que todos os países procuram em simultâneo vender mais
mais e mais.
A Europa procura produzir e vender mas reduz a capacidade de compra dos seus cidadãos, os EUA completamente desindustrializados não criam postos de trabalho suficientes e os rendimentos das famílias estão a cair, a África como continente não conta para esta estória pois não tem capacidade de consumo significativa, os emergentes ou Brics querem é produzir não querem uma economia baseada no consumo interno pois isso não os faz atingir os referidos índices de desenvolvimento.
Quem vai absorver esse incremento de produção?
Portanto vamos todos produzir muito, mas diminuímos a capacidade de consumo, aumentamos a idade da reforma impedindo a entrada no mercado da força produtiva mais jovem, reduzindo ainda mais a capacidade global de consumo, mas vamos todos produzir mais. Ok!
Mas vamos imaginar que por milagre se conseguem retomar valores de crescimento suficientes para gerar um equilíbrio nas economias, e os recursos?
Já pensámos bem?
A China em pleno desenvolvimento, a Índia, o Brasil, A Rússia e com o milagre a Europa e os Estados Unidos, todos com economias crescentes a requererem recursos naturais para que isso seja possível?
A que preço estará o petróleo nestas circunstancias? E o gás? E o carvão? E o cobre? E o Ouro, a prata, o milho, o trigo, o arroz, a carne, o peixe, o pão?
Será possível disponibilizar os recursos energéticos a preços compatíveis com as necessidades de todas as grandes economias em simultâneo crescimento? com este paradigma? Não me parece!
Um facto me parece desenhar-se claro no horizonte; ou existe uma mudança de paradigma económico e financeiro ou digamos adeus ao crescimento, direitos adquiridos e perspectivas de evolução civilizacional…para o resto das nossas vidas!

Ah! E preparemos os nossos filhos para o prodígio de em muitos anos serem os primeiros a viver pior que a geração que os antecedeu.

Ou em alternativa vamos mudar isto.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A palavra aos cidadãos.

Referendo na Grécia?
Quê?
Dar a palavra ás pessoas?
Deixar os cidadãos decidir o caminho a seguir?
Abrir a possibilidade de ter de cumprir a decisão dos cidadãos?
Nem pensar!
Ainda lhes passa pela cabeça que possam  ser livres e depois? Quem contribui com o suor?

Para quem tinha dúvidas sobre a qualidade das democracias actuais, aí está!

sábado, 22 de outubro de 2011

Da revolução violenta ou pacifica ...

Começo de forma absolutamente clarificadora; nenhum pregador de uma sociedade mais justa, progressista ou humanista, pode defender o uso da violência como meio de atingir esse ou outro fim.
A violência resume-se ao acto de condicionar a vontade de outrem, pela percepção de que o seu organismo está sujeito á experiencia da sensação de dor.
Sendo a dor na sua essência um alerta para o facto do organismo humano ser alvo de um acontecimento potencialmente danifico para o mesmo, é então um mecanismo de sobrevivência.
Se um mecanismo de sobrevivência é usado, como forma de condicionar a vontade do indivíduo, impondo deliberadamente a correspondente reacção de alerta que requer o retorno imediato ao estado de não perigar a condição do organismo, então esse uso não poderá ser classificado como justo, progressista ou humanista, pura e simplesmente porque se situa na fronteira da possibilidade da ab-rogação da existência.
Vem o assunto a propósito de, no período em que vivemos e ante a eventualidade de um processo revolucionário, surgir a divisão entre o uso da violência como meio de tal fim e um outro caminho isento desse método.
Num olhar superficial, podemos constatar que defrontar pelo método da violência um opositor que pelas suas características possui uma capacidade muito superior á nossa não parece uma atitude muito inteligente, se bem que em nosso favor poderá estar o facto de sermos mais numerosos, o resultado do processo, mesmo  favorável implica sempre a eliminação de alguns/ muitos de nós. 
A nosso favor está também a metafísica, pois em circunstancias de luta por valores universais ao individuo, o colectivo adquire a capacidade de se tornar maior que a soma dos seus elementos.
É realmente uma forma rápida de alterar a realidade mas pode apresentar custos em que no curso da acção, a nova razão terá dificuldade em diferenciar-se.
Assim, a violência, independentemente da qualidade do fim a que se determina é sempre uma forma de imposição de vontade, através da ameaça do fim da existência do indivíduo.
No uso de um método não violento o caminho é mais longo, mas parece mais consistente; implica a oposição constante, o desgaste permanente, a consciencialização progressiva dos intervenientes na acção e o tornar obsoletas e inúteis as estruturas a substituir.
O exercício de pressão constante e consequente desgaste até á sua inoperância e desactualização pode permitir a sua substituição pela genuidade da necessidade que lhe deu origem.
Nos tempos de hoje, em que o Homem conhece como nunca, talvez valha a pena ponderar nos valores do uso da violência.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O fim do capitalismo...



Já não está em causa o fim do capitalismo, o que está a desenvolver-se é a batalha entre a emergência de um novo sistema esclavagista dissimulado por máximas de escassez de recursos naturais e dominação corporativista ou um novo sistema igualitário/humanista/comunitarista.

domingo, 16 de outubro de 2011

A linguagem como oráculo...

É interessante verificar que, a linguagem como instrumento de manifestação do subconsciente, pode com um pouco de atenção, revelar tendências de percepção ou aspiração humanas, que eventualmente podem delinear a direcção da intenção na acção de construção futura.
Observa-se a emergência com frequência maior, nas conversas entre individuos, de vocábulos espontâneos, em assuntos diversos e não directamente relacionados com os mesmos, como: camarada, amigo, irmão, pá, povo. Se alguma ciência se pode atribuir, o surgir de determinados termos linguísticos nos relacionamentos normais entre individuos substituindo outros que estariam em uso ou a intensificação do seu uso pode servir para um processo de estudo e quem sabe fonte de previsão de realidades.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Aguentas a verdade ...hoje?

Quando nos anos 80 Margaret Thatcher e Ronald Reagan decidiram implementar a teoria neo-liberal no mundo financeiro, partiram do pressuposto que controlando e dominando o sector financeiro por consequência domirariam também o sector económico.
Partindo daqui, abriram portas a que os sectores produtivos da economia real se deslocalizassem para geografias em que a realidade social proporcionasse um maior lucro ás suas empresas e com isso abastecessem os seus mercados com produtos muito mais baratos o que compensaria, em conjunto com a manipulação financeira, o funcionamento da economia e simultaneamente uma expanção das mais-valias das referidas multinacionais.
E assim foi durante algum tempo, o rendimento entretanto adquirido pelas populações permitiu em conjunto com a importação de bens a um preço reduzidissimo e apoiada numa politica expansionista do crédito, alcançar e manter um determinado estatuto de bem estar que alavancou o mercado imobiliário para realidades em que se tornava possivel especular e fazer crescer o seu valor quase infinitamente.
Ora, o sector financeiro vendo em crescente, uma frente de negócio tão próspera, pois realizando milhões de hipotecas tanto residenciais como comerciais e, estando agora liberto de constragimentos de supervisão, criou então mais um instrumento financeiro para realizar ainda mais mais-valias sobre a mesma riqueza da economia real.
Tendo na sua posse milhões de hipotecas, agrupou-as em pacotes e, não sendo este jogo só por si uma criação virtual de riqueza apostou em intensificar a ilusão e aqui entra a vigarice maior, agrupou-as incluindo na sua maior parte, hipotecas com baixa possibilidade de serem cumpridas e classificando-as como produtos financeiros de elevada garantia de retorno.
Embrulhadas bem embrulhadinhas, dissiminaram-nas pelo mundo todo, principalmente pela Europa parceiro privilegiado, bancos, fundos de pensões e investidores privados adquiriram-nos.
Chegada a altura de se fazerem sentir os efeitos mais acentuados das deslocalizações das empresas para a Asia, o desemprego surgiu e alcançou dimensões que ameaçou o cumprimento das responsabilidades relativas ás tais hipotecas fraudulentamente incluidas, iniciando um processo de incumprimento que desencadeou um panico geral sobre a garantia do tal retorno.
Acredita-se que o valor de tal construção financeira tenha um volume de 600 triliões de dolares em contraposição ao valor da produção mundial de riqueza de cerca de 65 triliões, podemos assim verificar a dimensão do reajuste financeiro a efectuar pelas instituições e que reescrever esses activos ao seu valor real
levará a perdas e falências em massa, isto segundo as regras capitalistas vigentes.
Para tentar atenuar o impacto da retracção do dinheiro na economia real e na falência dos bancos, os governos procederam a programas de investimento e também de injecção de dinheiro nos bancos á custa de criação de divida soberana que por sua vez fez disparar os défits.
É esta transferência de prejuizo que agora está a ser colocada aos ombros dos cidadãos para ser paga (no caso Português existem mais umas razões mas não as incluo nesta análise global).
A pressão dos mercados financeiros sobre a divida soberana é uma imposição para que se garanta que o prejuizo é assumido pelos cidadãos.
 A maior parte dos prejuizos dos subprime e outros estão ainda nos livros das instituições e jamais poderão ser actualizados sem uma injecção maciça de dinheiro nos bancos, permitindo fazer a compensação, mas correndo o risco de criar superinflação.
A origem de boa parte da problemática que vivemos hoje, partiu da adopção de uma doutina financeira neo-liberal, desregulada, selvagem, com o propósito de manter o domínio mundial através do sistema monetário, o que não quer dizer que não faça parte do esqueleto moribundo do capitalismo, podendo ser esta a sua decomposição final.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O novo comunismo - ultima parte

O comunismo do futuro não será o comunismo do passado.

O fim da sociedade complexa,
o fim do homem supérfluo e,
da ordem nasce o caos.


A doutrina capitalista e mais intensamente a sua fase obituária, o capitalismo financeiro, tendo como requisito de génese ou consequência não intencional a implementação ideológica e também absolutamente vital, da procura e acumulação de bens materiais e consequentemente do meio de aquisição, provocou por génese ou descuro, uma alteração progressiva na constituição e escala de importância dos valores humanos.
A “obrigatoriedade” de seguir e tornar quase que como valor único na sociedade a acumulação de bens que no maior segmento da população resume-se a garantir a perspectiva de um futuro seguro, e o assumir que esse era um acto individual, teve como um dos seus resultados
a transferência para outra entidade as funções que os indivíduos foram deixando de entregar á sociedade como um todo.
A par e passo com a entrega á conquista do seu naco de aprovisionamento para o futuro, os indivíduos perderam a capacidade de se auto-regrarem na cada vez mais intensa dinâmica material e assim conduziu á imposição também cada vez mais numerosa de regras por parte de quem ficou encarregue de os substituir nessa função; o governo.
Apresenta-se o presente saturado de regras, contra-regras, excepções, derivações, condicionantes e outras tais, que vêm edificando uma sociedade cada vez mais enredada num labirinto de complexidade funcional que inevitavelmente se tornará castradora das liberdades empreendedoras e cívicas dos indivíduos.
O homem supérfluo nascido e criado no reino capitalista, está em mutação, permeado de desequilíbrios, de realizações por cumprir e munido da mais poderosa das armas, a necessidade, poderá regressar ao futuro.
Uma nova doutrina, construtora de uma nova sociedade trás consigo uma nova ordem, que como todas as ordens criadas, inicialmente estará em equilibro com o meio mas contráriamente ás outras ordens tem de resistir o mais possível a intervir no meio, contribuindo para o seu desequilíbrio, criando o caos (o não funcionamento do sistema).
Os elementos portadores da acção no meio são os conhecedores e responsáveis pelo seu equilíbrio e intervenções exteriores e intencionais alteram essa função criando o caos.
Um exemplo mesmo dentro do sistema capitalista: imaginemos um empresário que pretende investir, faz uma análise de mercado e conclui que o melhor negócio é um restaurante,
entretanto “alguém” decide incentivar o negócio de bicicletas, automaticamente esse empresário vai investir no ramo das bicicletas, mas se o melhor negócio seria um restaurante é porque a sociedade precisava de restaurantes e o fluxo de capital que seria canalizado para suprimir uma necessidade premente foi para um sector não prioritário.
A implementação de uma ordem propõe sempre um equilíbrio inicial e assim se manterá (alterando-se mas em equilíbrio) desde que não condicionada.

sábado, 8 de outubro de 2011

Percebes? Consegues verdadeiramente perceber?




Não é o homem que é grande, foi o principio que tornou o homem grande.
Seguiu o seu sonho, desligou-se das amarras do sistema, procurou encontrar aquilo que gostava, encontrar a sua vocação, realizar-se segundo a sua vontade e o resultado transferiu-se a toda a sociedade.

Agora imagina todas as pessoas com esta liberdade.
Poderosíssimo!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Coincidência ou minha consciência ???



É também por causa disto, o conceito de suficiência!!!!!

FAMINE IS MAN MADE
FAMINE IS MAN MADE
FAMINE IS MAN MADE

O novo comunismo - 3ª parte

O comunismo do futuro não será o comunismo do passado.

O conceito de “suficiência”.

Chegados aqui, ao hoje e tendo em conta o passado longínquo, o passado recente e o presente passado temos perfeita noção de que sabemos tudo.
Parece irreal, talvez até inacreditável mas no que diz respeito á organização das sociedades
sabemos tudo, está tudo estudado, dissecado, analisado, inventado, observado e concluído, ponto final.
Mas perguntamo-nos, se assim é porque vivemos como vivemos?
Essa é a boa pergunta!
A resposta é simples e no entanto complexa.
A resposta simples é porque separámos, algures ao longo do caminho, a sobrevivência da existência.
A resposta complexa tem raízes na dor, no medo e na violência.
O que tem de especial o tempo que hoje vivemos e particularmente depois da abundância desigual da modernidade é que nos permite exigir, sim exigir, aquilo que sabemos é possível
concretizar.
Ninguém hoje nos pode dizer com substancia de razão que a maior parte dos bens necessários á sobrevivência do indivíduo não podem ser colocados á disposição de todos os elementos da sociedade por falta de meios para tal.
Não nos podem convencer que a agricultura não pode produzir mais, melhor, com menos impacto ambiental, com preços mais baratos e o mínimo de intervenção humana.
Não nos podem convencer que uma fábrica robotizada não pode produzir casas pré-fabricadas com novos materiais ecologicamente funcionais a baixo custo e com o mínimo de intervenção humana.
Sabemos que o sistema actual condiciona a produção e condiciona os preços conforme os interesses de uma parte (pequena, muito pequena) da sociedade.
São apenas dois exemplos de como é possível hoje com o conhecimento e tecnologia que possuímos, entregar a todos os indivíduos de uma sociedade os meios necessários para que a sua existência não dependa da sua capacidade de sobreviver, sobrevivência essa condicionada ainda por cima por um ambiente predatório, viciado, inibidor da criatividade e promotor de comportamentos divisórios.
O conceito de suficiência, traduz-se num direito universal agregado ao nascimento de um individuo.
Trata-se portanto de garantir que todo o ser humano que se vê nascido, tem desde esse momento garantida a sua sobrevivência física proporcionada por todos os meios desenvolvidos pela sociedade.
Não estamos a falar obviamente da condição de garantir telemóveis, plasmas de última geração ou coisas do género.
Podemos até ir mais longe em termos de liberdade e argumentar a necessidade de que o conceito de suficiência se limite exactamente às necessidades básicas do organismo humano,
alimentação, saúde e habitação pois o objectivo é eliminar a luta pela sobrevivência e deixar prevalecer todas as mais-valias decorrentes desse facto.
Do facto dos indivíduos terem a sua existência assegurada resultará uma explosão de criatividade e bem-estar que impulsionarão as sociedades para um outro patamar de consciência e desenvolvimento de  entre os quais facilmente se destacam, a redução do crime, o desemprego desaparecerá, as famílias terão mais tempo para as crianças, o prazer de ser e fazer será o motivador das construções humanas.
Mas…
…a verdade é que os privilegiados do sistema existente, sabem perfeitamente que a luta permanente pela sobrevivência é o ponto fulcral para que possam ter escravos, assim foi ao longo do tempo e no presente, agora que se desmoronam as grades que nos mantêm presos; o trabalho assalariado, preparam-se mais uma vez para fingir que nos libertam e procuram já elevar o jogo para outro nivel; permutar a posse da nossa possibilidade de trabalhar, pela posse dos recursos naturais que precisamos e que teremos que adquirir, se nos deixarem.


Como tal só existe uma forma de real libertação, aquela que elimina a causa da prisão, a luta pela sobrevivência, a solução? Um conceito de suficiência.


Continua...

domingo, 2 de outubro de 2011

O novo Comunismo - 2ª parte

O comunismo do futuro não será o comunismo do passado.

O desenho de um novo contrato social, contém como que obrigatoriamente a tentativa de resposta às questões que lhe originaram a necessidade e que são o resultado do esgotamento da base social anterior.
Não é mais do que a continuidade dos processos evolutivos das sociedades, nas quais um modelo de desenvolvimento chegado ao ponto máximo da sua “plasticidade”, se vê pelas suas próprias regras constituintes, incapaz de resolver, sem que com isso deixe de ser o mesmo modelo em si.
Percebe-se que as questões originadas pelo individualismo sobre uma matriz de acumulação
capitalista simbolizada pelo dinheiro, pela expansão do egocentrismo irá conduzir a soluções de carácter mais comunitário em relação aos meios de vida e libertários na realização e concretização das vontades e sonhos individuais.
Vemos hoje surgir os contornos largos do que será esse novo contrato social, nos exemplos observáveis de indivíduos que procuram e estabelecem a constituição dos seus meios de vida através de actividades que seriam inimagináveis á um século atrás, como surfistas, montanhistas, desportos radicais e outros que aos olhos do passado não acrescentariam riqueza , sendo no entanto o vislumbre do novo modelo de trabalho: a vocação, o desejo de realizar algo que torna o indivíduo maior e que arrasta consigo os limites da sociedade.
A massificação desta forma de realização do indivíduo e de contribuição para a sociedade implica que a existência física não esteja dependente da retribuição alcançada com a actividade.
Requer o fim do trabalho repetitivo e do assalariamento, não só pelo incremento da tecnologia que permite a automatização mas pela limitação á criatividade imposta ao indivíduo.
Num aparte puramente filosófico não deixa de ser irónico que a defesa do trabalho assalariado por parte das forças comunistas constitua na realidade um prolongamento do sistema existente, sendo que a destruição do assalariamento é a destruição do sistema capitalista.

Emergente é também a significativa procura de alteração do sistema político na actual fase de desenvolvimento das sociedades.
Tendo o estado como arbitro dos conflitos da sociedade o requisito de uma representatividade e posteriormente de uma gestão, era inevitável que fosse confrontado com a pressão exercida por parte das forças mais poderosas da sociedade e como tal se deixasse influenciar
na tomada de decisões de arbitragem.
A constatação de tal facto leva a que a sociedade requeira uma participação efectiva na tomada de decisões que elevará a democracia de representativa a participativa, significando que a sociedade tomará as decisões e a representação as executará, tornando efectiva a direcção da sociedade segundo a vontade dos seus elementos e não segundo a “interpretação “ dos representantes dos seus elementos.
Este facto por si só é um enorme contributo para o objectivo de alcançar uma sociedade mais justa e livre pois os seus elementos são na essência mais genuínos, consequência de serem os portadores da acção que conduz á evolução do todo.


Continua...

sábado, 1 de outubro de 2011

O novo Comunismo.

Marx explicou que, no sistema Capitalista, o proletariado é a classe explorada por excelência, de facto assim é, ainda hoje, mas o que mudou?
Basicamente 3 factores, dois evoluíram e um novo surgiu.
O primeiro está relacionado com a dor, o sofrimento no trabalho, que veio decrescendo ao longo dos últimos anos, contribuindo para o aumento da qualidade e esperança média de vida, consequência do inicio da automação e da economia de serviços.
Segundo facto e apesar de todas as desigualdades, ocorreu uma massificação de oportunidades de acesso aos meios de vida sem paralelo na história e com isso
o  reforço do padrão de qualidade de vida.
Por último surge a revolução da informação e do conhecimento que está e vai continuar a transferir a produção de riqueza do trabalho físico para o trabalho intelectual.
Estes factos conduziram a que o comunismo proclamador de princípios progressistas não conseguisse traduzir esse ideal em influência na sociedade, pois a actual base material não se apresentava esgotada nem existia a vontade de nova.
Podemos assim assumir que conforme disse Marx: Um novo contrato social só pode surgir quando uma nova base material estiver pronta para substituir a anterior., vivemos agora no inicio da segunda década do sec. XXI, o período de transição entre uma base material em decadência e a construção de nova que então permitirá um novo contrato social.
O novo contrato social neste enquadramento não pode comportar (como aflorei noutros textos) o trabalho repetitivo, o trabalho baseado na unidade de tempo e no valor da unidade tempo, na sobrevivência física do organismo humano dependente do resultado do valor da unidade de tempo do seu trabalho e, não pode comportar limitações á expansão da criatividade individual para dar alguns exemplos.
Deste ponto de vista e pelos factos apresentados, apesar de Marx ter disposto brilhantemente o caminho, no seu tempo era empedrado hoje o caminho é alcatroado o que implica um upgrade.
O comunismo do futuro não será o comunismo do passado, o comunismo do futuro tem que incorporar o desejo individual de realização, a motivação do indivíduo, a liberdade de não realização, o conceito de suficiência e, de participação prática e concreta nas decisões da condução da sociedade.

Continua…

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O real detentor do poder!

Tudo o que existe neste planeta é a natureza, ou seja, matéria, matéria em diferentes estados.
Ora a matéria conforme surge na natureza á muito que deixou de prover as necessidades humanas,
quer por consequência da evolução demográfica, quer por requisitos tecnológicos.Como tal o ser humano
teve que conquistar o processo de alterar e melhorar a matéria.
Então o único factor que permite alterar a matéria existente na natureza e configurá-la ás necessidades da sociedade é nada mais nada menos que a intervenção do ser humano.
Este é o acto basilar da evolução humana: transformar a matéria existente na natureza de forma
a proporcionar a sua existência e desenvolvimento.
Acontece que com a complexização das sociedades foram sendo criadas, digamos que, estruturas "virtuais"
de gestão, controlo, manipulação e domínio do acto de transformar a matéria.
Consequência dessa virtualidade foi sendo criada a ilusão de que o acto de produzir não é mais um facto importante, que a importância está na manipulação e domínio do acto de produzir e com isso mistificou-se
ou melhor adulterou-se a percepção da estratificação do poder.
Na realidade, na profunda realidade, quem detem o poder é quem produz, somos nós as pessoas.
Toda a chamada produção de riqueza ganha forma através dos nossos braços ou das nossas mentes,
a estrutura virtual financeira ou especulativa só cria mais-valia (dinheiro) e assim mesmo só utilizando as nossas reais produções para tal.
Todos os sistemas virtuais de criação de mais-valia alicerçam-se na real transformação da matéria produzida pelos individuos.
Então quem detem o poder?
Quem detem o poder?
Quem tem o poder de alterar tudo o que quiser?
Este é o primeiro passo! Perceber que nós temos o poder, que "eles" vivem e dominam á nossa custa,
que nos induziram a pensar e acreditar que não temos poder e que somos mais fracos quando na realidade é o inverso.
Todo o sistema politico,económico e religioso vai no sentido de não nos deixar perceber o poder que temos,
se desejar-mos o sistema colapsa no segundo seguinte, agora é preciso ter uma solução melhor para o terceiro segundo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sai outra verdade p`ra mesa do canto "faxavor"

You can run but you cannot hide...

                                           Clonado de pijamasurf.com

Desculpando o título em inglês, a intenção mantêm-se, podes correr mas não te podes esconder.
Existe perante o olhar mais profundo,uma realidade objectiva subjacente a todo o caminho percorrido.
Existe um padrão constituinte de todo o percurso que de certa forma se torna o percurso em si, podendo momentaneamente ser desviante ou detença temporal mas jamais interrupção do sentido.
Pode o Homem abrandar ou até avançar de costas mas a direcção do seu caminho permanece imutável.
O esforço, o sacrifício, o suor, a dor, isso sim podemos querer que seja maior ou menor conforme a nossa vontade, mas o lugar de chegada não se altera por consequência.
Porque o lugar de chegada é o lugar de partida, acrescida do saber porque se partiu, qual a importância da chegada, e no meio a virtude de escolher sem conhecer.
E o lugar de chegada é esse, assim, tão simples: a liberdade, expoente máximo de exposição de possibilidades catalizadoras do regresso consciente ao lugar de partida.
Podemos dilatar o tempo, condicionar a forma, mas a substância mantêm-se
imutável, uma humanidade progressivamente mais livre.
Está gravado em carbono no nosso adn: o Homem É livre. Desde os primórdios do tempo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sai uma verdade p`ra mesa do canto "faxavor".

Sociedade voluntária: a visão de Marx

Marx e Engels no seu Manifesto: “em vez da velha sociedade burguesa com as suas classes e antagonismos teremos uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada um é condição para o livre desenvolvimento de todos”.

Uma doutrina em que ninguém será impedido de usufruir dos bens da sociedade mas em que cada um possa receber de acordo com as suas necessidades e tenha a liberdade de contribuir segundo as suas capacidades e desejos.
Nunca antes como hoje, a base material ou seja, todas as condições, principalmente as tecnológicas permitiram a libertação do homem ao suplício do trabalho.
O desenvolvimento tecnológico permite hoje a produção de todos os meios de vida com o mínimo de intervenção do ser humano, tendo por isso o potencial para libertar o individuo do trabalho repetitivo e coloca-lo na senda da sua expressão máxima de criatividade.
A criatividade humana exposta em sua amplitude, liberta dos grilhões das necessidades elementares de sobrevivência, traduzir-se-á num exponencial oceano de soluções de progresso.
O livre desenvolvimento de cada individuo não é nos tempos actuais compatível com trabalho baseado na unidade de tempo.
O livre desenvolvimento de cada individuo não é nos tempos actuais compatível com uma sobrevivencia dependente do valor da unidade de tempo.
Nunca antes como hoje, a compreensão dos processos da natureza e do universo nos permitiram inteligir um relacionamento com os recursos naturais condutor de uma rotura com o sistema vigente.  
A transição de uma sociedade industrial para uma sociedade de conhecimento e informação requer a automação e "generalização" dos meios de vida. 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Não, não, não, por favor...

Por favor digam-me que a ultima sondagem que apresenta uma aproximação do Psd á maioria absoluta é mentira, foi manipulada, não corresponde á verdadeira perspectiva dos portugueses.
Por favor digam-me que não é verdade, senão eu desisto, vou subir á montanha e tornar-me eremita.
Oh meu Deus!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Obrigado!


Video clonado de "escritora58"



Obrigado ao Sérgio Godinho por palavras maiores do que eu.

«A princípio é simples, anda-se sozinho,
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo e dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!

E é então que amigos nos oferecem leito,
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se e come-se se alguém nos diz bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!

Depois vêm cansaços e o corpo frequeja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso por curto que seja,
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!

E enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!

Entretanto o tempo fez cinza da brasa
outra maré cheia virá da maré vaza
nasce um novo dia e no braço outra asa,
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!»

Devaneios...

Havia em tempos mutados, em tempos menos, uma força que quase se tornava razão, existia nos tempos já velhos mas paradoxalmente juvenis um éter resultado do espirito de ambição e desígnio humanos.
Acreditávamos todos que o caminho era sempre em frente, que o lugar de chegada estaria sempre na dianteira do percurso já palmilhado mas que cada metro avante nos traria um pouco daquilo que se buscava.
A vida era então uma participação na senda do que inevitávelmente se construía para encontar esse destino.
Eram os tempos do sonho, da utopia, da vontade, da participação calorosa na multiplicidade de representações da grandiosidade humana, repleta de riquezas culturais, tolerancias, conceitos e estados de alma, mas sempre, sempre embriagados por esse éter que pairava por cima da nuca dizendo-nos que sim que o brilho estava no futuro, nos dias por vir.
Chegou então o tempo em que o tempo se recontou, e a contagem trouxe um outro tempo para aquém da dimensão anterior, derrubando edifícios civilizacionais e removendo o brilho que tinha sido colocado no futuro e que fomentava a esperança.
Elevou-se então o cinzento, a desilusão, o conformismo, o sonho tornou-se pesadelo, na porta só cabe um de cada vez e as palavras tornaram-se pequenas, as acções modeladas e da utopia as vísceras.
Adormece-se encostado e acorda-se fraco, e entre garfadas,
requisito de sobrevivência mal amanhada,  postula-se a saudade, o vislumbre edílico de um outro homem, que fazia acontecer segundo a sua vontade e que concebia a vida como uma escada para a felicidade.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Se alguma causa ainda nos move...




Se alguma causa ainda nos move, esta é a tal!
A privatização da distribuição da água é inaceitável, primeiro porque filosóficamente é incompreensível que alguns, poucos, sejam proprietários do acesso ao bem mais valioso que muitos, todos, precisam.
Segundo porque agora, neste tempo em que surgem ao longe os primeiros sinais de que a água poderá ser razão de conflitos entre os povos, permitir que a autoridade sobre a sua distribuição seja poder de alguns é no minimo seguir por um caminho minado.
Terceiro, quem nos garante que quando numa localidade o estudo de viabilidade económica não permitir rentabilizar o abastecimento, essa infraestrutura se concretizará, ou os preços do serviço serão comportáveis para o poder de compra das populações.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

É preciso chegar a velho para verbalizar bom senso?





Ou convém estar fora da política activa...?

"Se os mercados continuarem a mandar, nós vamos para o fundo. Então tem de haver outra revolução, mas uma revolução a sério, não tenha a menor dúvida", afirmou Mário Soares.
"Devemos tentar tudo para defender o Euro e não deixar que o projecto europeu vá abaixo, isto para mim é fundamental", disse Mário Soares, na noite de quarta feira, durante uma tertúlia no Casino da Figueira da Foz.
Defendeu mecanismos de desvalorização da moeda única, argumentando que, para tal, "era preciso audácia", acrescentando que sem o Euro e o espaço Schengen "o processo de projecto europeu fica sem conteúdo, sem nada", referiu.
"Demos dois grandes pulos [na construção europeia] que foram a moeda única e o espaço Schengen que nos tirou as fronteiras. [Sem isso] o que nos resta de contacto, como nos vamos entender uns com os outros?", inquiriu.
Alertou para o perigo do regresso a uma luta nacionalista "que pode chegar até uma terceira guerra mundial".
Na tertúlia, que dividiu com a jornalista Teresa de Sousa, co-autora com o antigo Presidente da República do livro "Portugal Tem Saída", Mário Soares falou da crise actual criticando os mercados financeiros e a tese do dinheiro como único valor.
"Temos de valorizar em primeiro lugar as pessoas e só depois o dinheiro. Se considerarmos o dinheiro como o único valor evidentemente depois não nos admiremos que toda a gente vá assaltar ourivesarias", alertou.
Na resposta a uma questão da moderadora, Fátima Campos Ferreira, sobre se a sociedade portuguesa é pacífica e assim vai continuar face ao agudizar da crise e às medidas de austeridade, Mário Soares argumentou que o problema reside no desespero das pessoas, que é preciso evitar, frisou.
"Até agora ainda não houve nenhuma manifestação que não fosse extremamente ordeira (...) Mas se as pessoas começarem a sentir-se desesperadas, o desespero é mau conselheiro", alertou.
"Por isso é que é preciso que estejam políticos a dirigir isto e não técnicos, porque os técnicos só vêem os números", sublinhou, dizendo que em democracia os mercados financeiros "não podem mandar".

Retirado do Jornal de Negócios

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A verdade? Podes não aguentar a verdade!




Do alto da minha ingenuidade existe uma questão que me faz muita impressão e está relacionada com o SEGREDO DE ESTADO. Ora se os politicos foram eleitos pelos cidadãos, representam os cidadãos e em teoria são o poder dos cidadãos, como pode haver assuntos em que os ditos não podem ter o conhecimento?
Será que se soubessemos tudo iríamos querer ser governados desta forma????

sábado, 3 de setembro de 2011

Resposta comportamental assimétrica.

Nestes nossos tempos, em que vemos quotidianamente ruir, as estruturas fisícas e mentais que suportam a crença numa relativa confortável sensação de segurança e de projecção no futuro de uma existência com dignidade, assalta-nos a mente a ferverosa energia do medo.
O medo de não encontrar emprego, o medo de perder o emprego, de não conseguir alimentar a família, de não conseguir honrar os compromissos financeiros e outros assumidos, de perder o património conseguido á custa do suor da própria alma, o medo de não encontrar saída, o medo por sentir tanto medo.
Nestes nossos tempos, é primeiro tempo de dizer NÃO!
Não á subjugação das pessoas aos numeros, não á sobrevalorização do dinheiro, não á desigual distribuição dos recursos, não á diferenciação entre as pessoas.
Este NÃO pode ser presencial, nas ruas, mas deve ser também um NÃO
mental, interior, uma reflexão, um reajustar de conceitos e valores julgados perdidos ou ultrapassados.
Nestes nossos tempos, é tempo de voltar, voltar ao que realmente é importante, de deixar o que nos foi vendido como fundamental e nos conduziu até aqui e agora.
É tempo de mudar o medo, de criar raízes á nossa volta, entregar algo ás necessidades dos outros, não olhar a ganhos ou perdas.
É tempo de formular uma resposta que permita construir passo a passo uma auto-organização da sociedade civil, como resposta comportamental assimétrica.
Pretendem "progressivamente", retirar á sociedade as fundações de estabilidade promotoras de um desenvolvimento  além sobrevivência, portanto, porque não repor essas qualidades, via sociedade civil, com outra abordagem, outra forma de pensar a vida.
É tempo de substituir um pai centralizado e distante da realidade por inumeros irmãos sentados no mesmo degrau, pouco a pouco criando uma teia que permita suprimir as necessidades básicas, inicialmente ao nivel local, numa rua, duas, três, uma freguesia.
Conheçamos os nossos vizinhos, ofereçamos a nossa vontade de ajudar, disponibilizemos o nosso conhecimento para suprimir as necessidades dos que estão á nossa volta, sem julgar ou antagonizar porque na realidade muitos ainda hibernam e sabemos que leva tempo a acordar.
Começam já a surgir as plântulas de uma nova sociedade, timidas ainda, só se mostram a quem observa atentamente e com profundidade, talvez seja bom não apressar mas é concerteza fundamental dar a mão, com pequenas acções para quem não está habituado, e dar em vez de vender, e pedir quando precisar em vez de comprar, aos poucos,  devagar, substituindo atitude por atitude,  suprimindo carencias,  metamorfoseando a realidade,  e desligando o conceito de que alguém a quem entregamos a responsabilidade do nosso futuro fará melhor que nós próprios.
E assim, um dia, longinquo, quando os nossos netos sentados ao nosso colo nos perguntarem:
-Porque a vida é tão bela?
Nesse dia poderás responder:- Porque nós, as pessoas, todas, tomámos a vida nas nossas mãos. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O inimigo por detrás do inimigo, por detrás do inimigo, por detrás do inimigo...




A política é um jogo.
A política é um jogo de estratégia. 
A política é um jogo de estratégia com definição concreta e absoluta do objectivo a alcançar.
A estratégia estabelecida por norma contém uma série de “efeitos especiais” para que os adversários não percebam a real intenção, o verdadeiro alcance das jogadas, o objectivo último de determinada movimentação das peças no plano em que se desenrola o propósito.
A política é um jogo de estratégia em que se revela necessário e oportuno, passo a passo, consolidar o percurso, até á jogada final, em que a tal verdadeira razão de toda a movimentação das peças no tabuleiro, se revela, com a impossibilidade de reacção do adversário.
Diz o manual que o adversário deve ser desprovido progressivamente da sua capacidade de recurso aos meios que possibilitem o fortalecimento da sua resposta.
Diz também que as jogadas devem ser dispostas de forma a que permitam a quem observa o jogo, conseguir formular múltiplos cenários sem uma antevisão consistente.
Para o sucesso de uma estratégia política á que eleger um adversário ou vários, sendo que o desgaste de cada um deles contribui para a derrota do verdadeiro adversário e objectivo ultimo da mesma.

Procura-se tradução para Português...

Procura-se tradução para Português "materialista", do requisito constante no programa Agenda 21 das Nações Unidas, abaixo referenciado. 



Population data should be disaggregated by, inter alia, sex and age in order to take into account the
implications of the gender division of labour for the use and management of natural resources.

A divisão é o caos.


A raiz do sistema capitalista está na propriedade privada e no capital, que significam a possibilidade de retirar benefício do trabalho de outros indivíduos, o direito de beneficiar do trabalho daqueles que não possuem propriedade ou capital e que, são obrigados a vender sua força produtiva a privilegiados possuidores de capital ou propriedade. O capitalismo sustenta e favorece a desigualdade e, gera a pobreza dos “sem capital” que, sendo obrigados a viver do valor do seu trabalho, ainda que juridicamente sejam iguais aos capitalistas, na prática estão subjugados e em concorrência de mercado, não têm alternativa senão deixarem-se explorar para não morrerem de fome. A dinâmica do sistema capitalista cria e sustenta uma divisão do trabalho e também das classes sociais, colocando-as em contradição e em luta.
Todo um sistema político e ideológico dá amparo a esta dinâmica de divisão, monarquias ou repúblicas, estados ou religiões e todos os governos políticos com seus dispositivos judiciais, policiais e seus exércitos permanentes. Os sistemas políticos e ideológicos não têm outro desígnio senão a de garantir e proteger as práticas da exploração capitalista, constituindo-se, portanto, parte estrutural do capitalismo.
Podem encontrar-se diferenças de intensidade mas nenhum sistema representativo, centralizado e elitista, libertará o seu povo da imperiosa e castradora necessidade de garantir a sobrevivência.




Sobre um texto de Bakunin 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A hierarquia é o caos.


A hierarquia é o caos, é a divisão.
A hierarquia simplesmente promove a divisão
e a divisão como se percebe é o caminho para o conflito permanente.
Enquanto existir divisão, existirá uma elite, que a seu gosto se encarregará
de governo gerir o conflito entre as diversas partes.
Da génese dessa "entidade" até a mesma se tornar completamente "alienada" da problemática gerada pela divisão da sociedade, vai uma vontade.
Momento adiante o "encosto" a um lado dos conflituantes é inevitável,
consequência óbvia da "pressão" do mais forte, dominado tende a crescer
e a distorcer a realidade.
Já só disfarça, não permite novas sementes, interessa a perpetuação.
O caminho para tal é mais divisão; raça, religião, sexualidade, profissão, rendimento,educação, género, aspecto e até rituais quotidianos são caracteristicas servis a tal "doutrina".
A divisão é o facto que impede a sociedade de avançar mais e melhor.

O sinal de saída está no outro lado.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Quando o amor de um Homem é eterno...




Quando o amor de um Homem é eterno, não pode permitir que o futuro seja pior que o passado.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Vai uma espreitadela ao futuro...?



Estás pronto para fazer coisas sem remuneração?
Estás pronto para fazer coisas pelo prazer de as fazer, pela vontade de contribuir para algo em que acreditas?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Sociedade Voluntária...

Imagem de: geometricasnet.wordpress.com


Numa sociedade voluntária a hierarquia não existe.  
A sociedade voluntária é uma sociedade sem classes.
As contribuições de todos ou de qualquer individuo tem o mesmo valor. 
Todas as pessoas nascem com a capacidade para desenvolver uma função em determinada área, normalmente reconhecida por associação ao prazer que o individuo obtêm ao executar essa tarefa. 
Todas as pessoas nascem com o desejo de criar.
A vontade de criar, construir, realizar algo é  inato ao ser humano. 
Todos temos a necessidade de criar, por forma  a desenvolver a consciência de plena realização no plano existencial.
Todos os indivíduos são livres de participar ou não no desenvolvimento da sociedade conforme a sua vontade.
Não pode ser exercida sobre o individuo qualquer forma de violência física ou psicológica.
Numa sociedade voluntária a propriedade não existe.
Existe o direito a usufruir de todo o progresso  alcançado pela sociedade.
Todos os bens materiais ou progressos sociais evolutivos conseguidos pela sociedade são distribuídos  pelos indivíduos que dela fazem parte.
Numa sociedade voluntária o valor conferido aos bens não é determinado por uma referencia monetária. 
Os bens não possuem valor intrínseco, sendo determinado, em caso, pelo imperativo de satisfazer as necessidades da sociedade. 
Numa sociedade voluntária a tendência não é para a concentração de indivíduos em enormes aglomerados, sendo que a maioria das necessidades são preenchidas localmente.
A sociedade voluntária exerce a sua actividade e satisfaz as suas necessidades em compreensão, respeito e parceria com o meio ambiente que o rodeia e no essencial que o suporta.
A sociedade voluntária abandona o perfil de produção massiva constante que implica o consumo massivo constante. 
A produção baseia-se na auto-suficiência e nas reais necessidades.