Marx explicou que, no sistema Capitalista, o proletariado é a classe explorada por excelência, de facto assim é, ainda hoje, mas o que mudou?
Basicamente 3 factores, dois evoluíram e um novo surgiu.
O primeiro está relacionado com a dor, o sofrimento no trabalho, que veio decrescendo ao longo dos últimos anos, contribuindo para o aumento da qualidade e esperança média de vida, consequência do inicio da automação e da economia de serviços.
Segundo facto e apesar de todas as desigualdades, ocorreu uma massificação de oportunidades de acesso aos meios de vida sem paralelo na história e com isso
o reforço do padrão de qualidade de vida.
Por último surge a revolução da informação e do conhecimento que está e vai continuar a transferir a produção de riqueza do trabalho físico para o trabalho intelectual.
Estes factos conduziram a que o comunismo proclamador de princípios progressistas não conseguisse traduzir esse ideal em influência na sociedade, pois a actual base material não se apresentava esgotada nem existia a vontade de nova.
Podemos assim assumir que conforme disse Marx: Um novo contrato social só pode surgir quando uma nova base material estiver pronta para substituir a anterior., vivemos agora no inicio da segunda década do sec. XXI, o período de transição entre uma base material em decadência e a construção de nova que então permitirá um novo contrato social.
O novo contrato social neste enquadramento não pode comportar (como aflorei noutros textos) o trabalho repetitivo, o trabalho baseado na unidade de tempo e no valor da unidade tempo, na sobrevivência física do organismo humano dependente do resultado do valor da unidade de tempo do seu trabalho e, não pode comportar limitações á expansão da criatividade individual para dar alguns exemplos.
Deste ponto de vista e pelos factos apresentados, apesar de Marx ter disposto brilhantemente o caminho, no seu tempo era empedrado hoje o caminho é alcatroado o que implica um upgrade.
O comunismo do futuro não será o comunismo do passado, o comunismo do futuro tem que incorporar o desejo individual de realização, a motivação do indivíduo, a liberdade de não realização, o conceito de suficiência e, de participação prática e concreta nas decisões da condução da sociedade.
Continua…
Tinha aqui um comentário de todo o tamanho e acabei de o perder...
ResponderEliminarFica apenas uma leitura recomendada. Do que escrevi, não resta nada...
gostaria de ler a sua " visão da coisa", se quiser e puder agradeço que re-comente.
ResponderEliminarObrigado.