O comunismo do futuro não será o comunismo do passado.
O fim da sociedade complexa,
o fim do homem supérfluo e,
da ordem nasce o caos.
A doutrina capitalista e mais intensamente a sua fase obituária, o capitalismo financeiro, tendo como requisito de génese ou consequência não intencional a implementação ideológica e também absolutamente vital, da procura e acumulação de bens materiais e consequentemente do meio de aquisição, provocou por génese ou descuro, uma alteração progressiva na constituição e escala de importância dos valores humanos.
A “obrigatoriedade” de seguir e tornar quase que como valor único na sociedade a acumulação de bens que no maior segmento da população resume-se a garantir a perspectiva de um futuro seguro, e o assumir que esse era um acto individual, teve como um dos seus resultados
a transferência para outra entidade as funções que os indivíduos foram deixando de entregar á sociedade como um todo.
A par e passo com a entrega á conquista do seu naco de aprovisionamento para o futuro, os indivíduos perderam a capacidade de se auto-regrarem na cada vez mais intensa dinâmica material e assim conduziu á imposição também cada vez mais numerosa de regras por parte de quem ficou encarregue de os substituir nessa função; o governo.
Apresenta-se o presente saturado de regras, contra-regras, excepções, derivações, condicionantes e outras tais, que vêm edificando uma sociedade cada vez mais enredada num labirinto de complexidade funcional que inevitavelmente se tornará castradora das liberdades empreendedoras e cívicas dos indivíduos.
O homem supérfluo nascido e criado no reino capitalista, está em mutação, permeado de desequilíbrios, de realizações por cumprir e munido da mais poderosa das armas, a necessidade, poderá regressar ao futuro.
Uma nova doutrina, construtora de uma nova sociedade trás consigo uma nova ordem, que como todas as ordens criadas, inicialmente estará em equilibro com o meio mas contráriamente ás outras ordens tem de resistir o mais possível a intervir no meio, contribuindo para o seu desequilíbrio, criando o caos (o não funcionamento do sistema).
Os elementos portadores da acção no meio são os conhecedores e responsáveis pelo seu equilíbrio e intervenções exteriores e intencionais alteram essa função criando o caos.
Um exemplo mesmo dentro do sistema capitalista: imaginemos um empresário que pretende investir, faz uma análise de mercado e conclui que o melhor negócio é um restaurante,
entretanto “alguém” decide incentivar o negócio de bicicletas, automaticamente esse empresário vai investir no ramo das bicicletas, mas se o melhor negócio seria um restaurante é porque a sociedade precisava de restaurantes e o fluxo de capital que seria canalizado para suprimir uma necessidade premente foi para um sector não prioritário.
A implementação de uma ordem propõe sempre um equilíbrio inicial e assim se manterá (alterando-se mas em equilíbrio) desde que não condicionada.
Esta análise está muito certa, porém eu penso que esta sociedade consumista não surge por acaso, há uma razão concreta para este estado de coisas; que , note-se, está muito bom para os países do norte, a crise é só dos países do sul
ResponderEliminarPenso que não há nenhuma crise do capitalismo, há uma crise dos países do Sul; e há uma razão para isso.
...espero que o Dr. Jordan consiga esclarecer isto...