Sociedade voluntária

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domingo, 31 de março de 2013

Capitalismo… forever!?


Pode o titulo enganar quem tem acompanhado as letras que por aqui deixo mas, afirmo desde já nunca me ter exaltado como perito ou especialista, muito pelo contrário, o que vou escrevendo resulta das reflexões que me obrigo a fazer para entender o mundo que me rodeia e maior parte das vezes opto por expor essas reflexões sem o devido enquadramento das doutrinas aceites e reconhecidas, intencional.

Serve a introdução para conduzir mais esta. 

O comum dos cidadãos, em que me incluo, aqueles que não são especialistas em ciência política, quando usam o termo capitalismo referem-se essencialmente ao primado do dinheiro relativamente aos outros factores da economia, referem-se essencialmente à acumulação de dinheiro que torna alguém capitalista, ou seja detentor de capital, o mesmo que dizer detentor de dinheiro, em regra muito.
Esta leitura, apesar de aceitável hoje, consequência da fase financeira do capitalismo, não representa eventualmente um entendimento mais alargado do capitalismo, podendo originar que se deite fora o bebé juntamente com a água do banho.
E o bebé é nada mais nada menos que o capital, o capital é irreversível, direi até que para eliminar o capital é necessário eliminar toda a civilização ou seja todo o conhecimento, para que seja eliminada toda a capacidade produtiva.
E porque faço uma subtil mas vital diferenciação entre capital e capitalismo?
Porque o capital é vital, já o capitalismo não.
Estarão neste momento a pensar- Este gajo é maluco, como pode querer separar o capital do capitalismo?
Vou tentar explicar!
O que é o capital?
É simples, sou adepto da simplicidade, como dizia Einstein – “No dia em que descobrirmos os segredos do Universo ficaremos admirados por não termos pensado nisso antes, dada a sua simplicidade”.
O capital é o excedente, (palavra de importância extrema, mais do que normalmente lhe damos) é aquilo que o Homem consegue produzir para além do que consome, mas não de forma ocasional, não como resultado de uma caçada mais proveitosa que o habitual ou de uma recolha mais frutuosa, o capital surgiu precisamente quando o Homem conseguiu através da sua acção directa na natureza, garantir o dia seguinte, eliminar a incerteza do futuro.
Hoje o capital já não é propriamente o excedente mas a capacidade de gerar excedente.
Não vou entrar em detalhes sobre o excedente mas é fácil perceber a evolução do excedente desde o domínio da agricultura e pecuária passando pela produção industrial até á produção financeira.
Parece assim obvia a diferença entre capital e capitalismo, o capital está intimamente ligado à capacidade de sobrevivência do ser humano, à capacidade de garantir o futuro e quanto mais evoluir mais capital o Homem vai gerar (incluindo todo o esforço em curar doenças e prolongar a vida) e a tecnologia tem e terá um papel fundamental pois será até de certa forma o capital (excedente) que nos vai libertar do actual paradigma de trabalho, pois será cada vez menos necessária intervenção humana para gerar excedente..
Assim devemos concentrar os nossos esforços em garantir o capital e eliminar o capitalismo, esse sim um conjunto de princípios que favorece a apropriação minoritária do excedente e, como dizia Marx-“O que o capitalismo tem de bom é que vai dar origem a algo melhor” e neste sentido o que se impõe pode ser socializar o capital, nunca eliminá-lo. 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Meta - realidade VI

" As pessoas são por natureza egoistas e individualistas! "

Vamos por instantes tomar como verdadeira esta afirmação, então como explicar a racionalidade de escolher algumas das pessoas egoistas e individualistas, organizá-las de forma a que tenham poder sobre todas as outras e esperar que daí resulte uma sociedade justa e solidária ?

terça-feira, 26 de março de 2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

Meta - realidade V.

O porquê de tantas " comentadeiras " ?

É simples!
Quando a realidade se torna de tal forma evidente que permite uma leitura clara por parte dos cidadãos, há que providenciar múltiplas análises, variados pontos de vista, diferenciados postulados, para que a dúvida não se dissipe, para que a compreensão não se prolongue, para que a consciência não se eleve, para que a exigência não aumente, para que tudo flutue.

sábado, 23 de março de 2013