Sociedade voluntária

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domingo, 27 de novembro de 2011

Processo de empobrecimento em curso...

Em solidariedade com o Rei dos Leittões...

Sei que vou ser ainda mais pobre, estou preparado.
Desde 2008 que tomei a vacina imunológica ao consumismo e á dependência da matéria em termos generalizados.
Sou um resistente, sempre fui!
Consigo sem grandes problemas estar longos períodos sem comer, tenho aos poucos ganho uma resistência mental ao frio, não me faz falta a tecnologia, uso-a porque disponho mas se faltar sigo em frente.
Sei fazer fogo, sei cozinhar, sei fazer pão, sei semear e plantar, conheço as principais plantas da alimentação humana, sei produzir água potável e como aquece-la através do sol, sei como conservar legumes, peixe ou carne sem electricidade, sei fazer argamassa sem cimento, sei construir uma casa de raiz, sei como produzir gás a partir de madeira, sei que consigo viver com muito pouco, é um desafio e estou pronto a ajudar quem precise, quem não tem estes conhecimentos, a partilhar.
Não me preocupo comigo.
Não quer isto dizer que não me indigne com este retrocesso civilizacional, pois ter a capacidade de sobreviver não implica concordar com a generalização da miséria, ainda mais em nome de um paradigma financeiro.
Mas sim existem dois factores de preocupação para mim, o primeiro são os meus filhos que não estão preparados, são tenrinhos ainda, não adquiriram a perspectiva, a convicção de que uma grande parte do conforto que nos assiste é bom, é um sinal evolutivo das estruturas da humanidade mas que em caso de última necessidade são supérfluas, podemos passar sem elas.
O segundo factor relaciona-se precisamente com os bens materiais mas noutra abordagem, ou seja, o perder de uma batalha nesta guerra de empobrecimento, o facto de perder alguns ou muitos bens materiais conquistados com enorme esforço é de certa forma dar a vitória ao inimigo, é permitir que alcancem realmente os seus objectivos e não gostaria de lhes dar essa alegria.
Não me preocupo comigo, estou preparado, amarrado á solidez da convicção de que o resultado desta luta será uma sociedade melhor, mais evoluída.  

Um abraço livre.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

É para isto que serve um governo...



Vale a pena ver, especialmente a partir dos 5 minutos até aos 11.
É claro o porquê de ser impensável deixar os cidadãos tomar as decisões.

Isto é também parte do processo de desmoralização da sociedade; o exemplo que as elites transmitem ás massas.

Isto é também grande parte do valor do deficit/dívida.

domingo, 20 de novembro de 2011

O processo de desmoralização ou…

porque continuamos a precisar da autoridade!

Precisamos realmente de uma autoridade?
Precisam os indivíduos, na realidade, de um governo?
Claro que sim, “alguém” tem de ditar as regras que todos cumprimos, responderão alguns, talvez muitos! Mas é preciso perceber que chegamos a essa resposta porque fomos sujeitos a um processo lento mas eficaz de desmoralização da sociedade.
O homem é um animal de hábitos e estimulável, muito estimulável.
O processo passa por eliminar as construções morais ou seja, as características de carácter, as virtudes, os mecanismos que permitem reconhecer no outro, os mesmos direitos e necessidades que a nós próprios, requeremos nos assista.
O estímulo é simples, transfere-se o desejo interno de realização do ser humano para um objectivo externo, a necessidade de acumulação, hoje quase ninguém trabalha para se realizar, todos trabalham para acumular, possuir capacidade de aquisição, pois o objectivo último da vida não é ser, é ter o mais possível.
Para reforçar mais este facto, torna-se absolutamente imperativo que a sobrevivência esteja directamente relacionada com a capacidade de acumulação numa perspectiva individual, então fornece-se aos indivíduos uma educação estritamente profissional, para que o seu desenvolvimento se limite exclusivamente a essa área e construa um perfil competitivo que o encarrega de ver nos outros um inimigo e, em todos as circustancias, uma batalha que tem que vencer.
Está criada a condição para que o indivíduo dependente da sua acção para sobreviver num contexto onde o imperativo maior é garantir a si próprio, não tem amarras mentais a usar todos os meios disponíveis na perseguição do objectivo.
É a partir deste ponto que as pessoas perdem a capacidade de se auto-regular, disciplinar e consciencializar da intenção do acto humano e da soberania individual.
Lembro o tempo dos avós em que transacções entre pessoas eram fechadas com um compromisso de honra.
Que é feito desse ser humano o qual uma palavra o comprometia e cumpria até sobre um manto de sacrifícios, esse que tendo só uma sardinha a dividia com outro ou como alguém disse recentemente, esse que pedia desculpa.
Que é feito da honestidade, do orgulho saudável, da solidariedade, do voluntarismo, da humildade?
 Neste caminho é óbvia a continuação e aumento da necessidade e intervenção de uma autoridade, que crie regras para “todos”.
Quanto menor a qualidade do carácter, menos virtudes o individuo possuir, mais precisa de uma autoridade externa, mais dependente fica e menos livre é e com isso a presença sempre crescente de quem lhe vai ditar as regras e cobrar por isso.   

sábado, 19 de novembro de 2011

A nova vaga fascista….


O propósito último de todo e qualquer império é a dominação, dominação territorial que por sua vez proporciona a dominação dos recursos naturais.
Se no passado a dominação era consolidada com uma efectiva presença nos territórios ocupados, no presente a estratégia de ocupação é muito mais subtil e eficiente.
A ocupação do território é mínima, o que se ocupa em seu lugar são as mentes, os hábitos, a educação, a economia, o desenvolvimento e os líderes desses países.
A estratégia do novo imperialismo, podemos definir como “parcerias planificadas” sendo que o parceiro é induzido a definir como sua acção o que na realidade é a acção do outro, contribuindo indirectamente para objectivar um desígnio que não seu.
O método implica a expansão da identificação com a cultura, valores e modo de vida do ocupante, implica a progressiva degradação do sistema educativo, desmoralização da sociedade (eliminação das suas virtudes) e respectiva substituição por objectivos externos ao indivíduo e passíveis de manipulação ou remoção.
Requer uma pseudo ajuda económica ou financeira que na realidade acaba por reverter á origem através de dinâmicas intituladas de “desenvolvimento” e requer também a aliança dos líderes políticos locais.
Assim tijolo a tijolo vai sendo consolidada a presença no território até a altura em que a estrutura militar poderá surgir e consolidar a sua influência sem denotar com isso uma ocupação pois poderá até ser acolhida de boa vontade.
Excluindo as elites políticas e alguns intelectuais, as sociedades de um modo geral não depreendem que os seus países estão na realidade ocupados por uma força externa nem
que essa força é o braço de um império que influi e determina a direcção de inúmeros países no mundo.
Apenas e só se a resistência de um país impedir a parceria planificada e a sua importância for relevante se intervirá de forma militar convencional.
A actualidade revela este padrão de dominação de forma perceptível e o império pretende auto-titular-se como o ultimo, o único.
A batalha desenrola-se no tabuleiro que continua a ser o mais importante do planeta, o Médio-Oriente, fundamentalmente pelo factor energético mas também geo-primazia.
Os acontecimentos que nos últimos anos se sucedem, resultam das intenções e acções de domínio daquela geografia garantindo recursos, influência e impedindo o avanço de outras predominâncias geoestratégicas.
Definido como o ultimo império, nenhum mais sucederá, para tal o domínio terá de ser global, o único, sem adversário, oponente, pelo menos com significado, que represente perigo e as armas são a economia e a finança sob supervisão da ameaça do poderoso complexo militar.
Para dominar a economia são precisas empresas (corporações) de dimensões e produtividade comparáveis a países e dispersas globalmente actuando como forças de controlo e financeiramente é necessário controlar o sistema bancário através das instituições internacionais e melhor ainda possuir a moeda de referência mundial.   
Supervisionando estas, está a presença militar semi-dissimulada e a demonstração/propaganda de supremacia militar.
Acima de tudo é a ofensiva financeira e económica que atinge a Europa condicionando a escolha que melhor serve o império, enquanto noutros pontos, nomeadamente o Médio-Oriente é a clássica intervenção militar e a substituição dos líderes não cooperativos, já na Eurásia é a “parceria planificada” ou a co-opção (opção adjuvada) impedindo a expansão das forças oponentes ou com similar interesse.
Independentemente da fase evolutiva da intervenção ou do método utilizado (que estão directamente relacionados) apresenta-se uma predominância global imperialista com características corporativistas e supremacia financeira a que se costuma denominar de Fascismo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Despertar ...

Em solidariedade com o purgatório

Acordar tornou-se a tarefa mais ingrata do dia.
Seja verão ou inverno, retirar o esqueleto da cama é um esforço inglório, não porque o ritual que se segue seja difícil, é já uma rotina, …não porque o dia de trabalho seja complicado ou anormalmente stressante porque o fazemos á muito e fazemo-lo bem, dominamo-lo, …não porque a idade pese, não mais do que ontem ou no mês passado, … apenas porque desapareceu o sonho, fugiu o ideal, o propósito, o sentido.
A sensação de que amanhã seria com toda a certeza melhor que hoje, que a acção de hoje estava a construir o bem-estar de amanhã, …evaporou-se, puff e com ela a vã glória de carregar ás costas o peso de uma vida, que se revela cheia de nada. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os miseráveis são limpinhos.

Os miseráveis são limpinhos.
Acompanham-se bem na doutrina do verbo, limpos no fato da lei.
Surgem na oportunidade dos acontecimentos, seguem os da  frente sem questionar, sem querer estampilhar vontade própria, são seguidores prontos á dominante, tanto dormem com A como acordam com B.
Os miseráveis são limpinhos, golpeiam a realidade por forma a que esta impere disforme e assim verdade para todos, na cor e deleite do reino que subsiste, mas sempre dispostos a atravessar a estrada, com pé no outro passeio quando for de melhor.
Os miseráveis vendem, negoceiam e acumulam, tanto cá como para lá da fronteira do ser humano.
Os miseráveis são eles, os que se vêem na ponta do dedo e estão em todo o lado.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Isto continua a ser muita bom!!!!!!

guia prático de ...

...como fazer inimigos em 5 etapas.


1- Prime pela honestidade e transparência

2- Seja franco e verdadeiro
3- Não admita comportamentos pouco éticos e se possível denuncie-os.
4- Acrescente virtudes ás pessoas ou circunstâncias.
5- Lute por ideiais e valores civilizacionais.

Sucesso garantido ou os seus "amigos" de volta.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O resto das nossas vidas...

E chegamos aqui, ao capitulo da austeridade, fase intermédia do nada, preâmbulo do novo,
marcha fúnebre de um paradigma.
Anuncia-se a necessidade de um reajustamento recessivo como forma de alcançar um novo equilíbrio que permitirá então voltar a um percurso de crescimento, e vemos na Europa, os países, um atrás do outro, sujeitos á imposição de medidas que ultrapassam a eventual necessidade de reduzir o consumo compulsivo e a configurar uma regressão das conquistas elementares de uma sociedade evoluída.
O pressuposto de que, e não contrapondo argumentos quanto á efectiva necessidade deste tipo de reajustamento, atingido tal fim, a economia estará pronta a avançar, a seguir caminho como se fora apenas um interregno e o vapor será outro, temo muito ser uma ilusão, falta de visão ou então propósito.
A realidade que se me perspectiva é a de que com o mesmo sistema financeiro e económico,
com o mesmo paradigma, se princípios fundamentais não forem alterados, não haverá crescimento, jamais, apenas marasmo, haverá é uma austeridade permanente, declínio dos parâmetros civilizacionais e redução da população.
No ocidente, nas economias Europeia e Americana, consequência da globalização de dominação financeira, ocorreu um processo de desindustrialização, e blá blá blá, já todos sabemos como e porque aconteceu, o que podemos não saber é que a ultima consequência desse processo é precisamente a impossibilidade de continuação do mesmo sistema.
A China está em crescimento acelerado assim como a Índia, o Brasil, a Rússia, a África do Sul,
em suma os BRICS, os emergentes, estão na senda de alcançar os índices de desenvolvimento existentes no mundo ocidental, e para isso é requisito essencial , neste sistema, a produção massiva constante, o consumo massivo constante, ora a Europa e os EUA estão em recessão, os rendimentos das pessoas estão em queda real no mínimo á uma década, o poder de compra vai ser ainda mais diminuto consoante novos países entrarem em regime de austeridade, o que também se aplica aos EUA é só esperar para ver, apesar e sobretudo de deterem a capacidade de desvalorizar a sua moeda.
Como já se percebe continuam a apontar como saída para a crise a competitividade, todos os países tem que ser mais competitivos, produzir mais, vender mais, mas o que ninguém ousa perguntar é vender a quem?
Quem é o comprador dos produtos que todos os países procuram em simultâneo vender mais
mais e mais.
A Europa procura produzir e vender mas reduz a capacidade de compra dos seus cidadãos, os EUA completamente desindustrializados não criam postos de trabalho suficientes e os rendimentos das famílias estão a cair, a África como continente não conta para esta estória pois não tem capacidade de consumo significativa, os emergentes ou Brics querem é produzir não querem uma economia baseada no consumo interno pois isso não os faz atingir os referidos índices de desenvolvimento.
Quem vai absorver esse incremento de produção?
Portanto vamos todos produzir muito, mas diminuímos a capacidade de consumo, aumentamos a idade da reforma impedindo a entrada no mercado da força produtiva mais jovem, reduzindo ainda mais a capacidade global de consumo, mas vamos todos produzir mais. Ok!
Mas vamos imaginar que por milagre se conseguem retomar valores de crescimento suficientes para gerar um equilíbrio nas economias, e os recursos?
Já pensámos bem?
A China em pleno desenvolvimento, a Índia, o Brasil, A Rússia e com o milagre a Europa e os Estados Unidos, todos com economias crescentes a requererem recursos naturais para que isso seja possível?
A que preço estará o petróleo nestas circunstancias? E o gás? E o carvão? E o cobre? E o Ouro, a prata, o milho, o trigo, o arroz, a carne, o peixe, o pão?
Será possível disponibilizar os recursos energéticos a preços compatíveis com as necessidades de todas as grandes economias em simultâneo crescimento? com este paradigma? Não me parece!
Um facto me parece desenhar-se claro no horizonte; ou existe uma mudança de paradigma económico e financeiro ou digamos adeus ao crescimento, direitos adquiridos e perspectivas de evolução civilizacional…para o resto das nossas vidas!

Ah! E preparemos os nossos filhos para o prodígio de em muitos anos serem os primeiros a viver pior que a geração que os antecedeu.

Ou em alternativa vamos mudar isto.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A palavra aos cidadãos.

Referendo na Grécia?
Quê?
Dar a palavra ás pessoas?
Deixar os cidadãos decidir o caminho a seguir?
Abrir a possibilidade de ter de cumprir a decisão dos cidadãos?
Nem pensar!
Ainda lhes passa pela cabeça que possam  ser livres e depois? Quem contribui com o suor?

Para quem tinha dúvidas sobre a qualidade das democracias actuais, aí está!