Em solidariedade com o Rei dos Leittões...
Sei que vou ser ainda mais pobre, estou preparado.
Desde 2008 que tomei a vacina imunológica ao consumismo e á dependência da matéria em termos generalizados.
Sou um resistente, sempre fui!
Consigo sem grandes problemas estar longos períodos sem comer, tenho aos poucos ganho uma resistência mental ao frio, não me faz falta a tecnologia, uso-a porque disponho mas se faltar sigo em frente.
Sei fazer fogo, sei cozinhar, sei fazer pão, sei semear e plantar, conheço as principais plantas da alimentação humana, sei produzir água potável e como aquece-la através do sol, sei como conservar legumes, peixe ou carne sem electricidade, sei fazer argamassa sem cimento, sei construir uma casa de raiz, sei como produzir gás a partir de madeira, sei que consigo viver com muito pouco, é um desafio e estou pronto a ajudar quem precise, quem não tem estes conhecimentos, a partilhar.
Não me preocupo comigo.
Não quer isto dizer que não me indigne com este retrocesso civilizacional, pois ter a capacidade de sobreviver não implica concordar com a generalização da miséria, ainda mais em nome de um paradigma financeiro.
Mas sim existem dois factores de preocupação para mim, o primeiro são os meus filhos que não estão preparados, são tenrinhos ainda, não adquiriram a perspectiva, a convicção de que uma grande parte do conforto que nos assiste é bom, é um sinal evolutivo das estruturas da humanidade mas que em caso de última necessidade são supérfluas, podemos passar sem elas.
O segundo factor relaciona-se precisamente com os bens materiais mas noutra abordagem, ou seja, o perder de uma batalha nesta guerra de empobrecimento, o facto de perder alguns ou muitos bens materiais conquistados com enorme esforço é de certa forma dar a vitória ao inimigo, é permitir que alcancem realmente os seus objectivos e não gostaria de lhes dar essa alegria.
Não me preocupo comigo, estou preparado, amarrado á solidez da convicção de que o resultado desta luta será uma sociedade melhor, mais evoluída.
Um abraço livre.
Ao longo do texto ia ficando com a ideia de que iria acocorar-se, passar a utilizar os saberes e as convicções para a reacção passiva... "Salvou-se" no paragrafo final...
ResponderEliminarNão amigo Rogério,
ResponderEliminarse algo me passa pela cabeça é abrandar a intervenção teórica e sustitui-la pela intervenção prática, no sentido de disponibilizar o meu tempo a ajudar outros dentro das possibilidades pois temo que essa fase se aproxime rápidamente.
Abraço livre
Estive a ver um programa sobre as exportações portuguesas e fiquei mais animado. Muitos empresários e empregados com cabeça, que sabem o mundo em que vivem. Tenho esperança que esta gente acabe por fazer renascer a nossa sociedade, uma pele nova que fará cair a velha. Têm é de ser rápidos senão já não haverá carne debaixo da pele...
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