Sociedade voluntária

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sábado, 3 de dezembro de 2011

O ideal ...

Desde o primeiro dia em que o ser humano se encontrou consciente na superfície deste planeta, a sua principal preocupação foi desde logo como manter-se vivo, como sobreviver num ambiente desconhecido e agressivo.
Pouco a pouco ao descobrir, conhecer e dominar os meios que lhe permitiriam desenvolver acções que possibilitavam o afastamento da incerteza sobre a capacidade de se manter vivo, estava, nesse preciso momento a criar o conceito de ideal.
No preciso momento, e no mais básico reflexo animal, em que determina, que existe para cada uma das suas necessidades, um método, uma forma de melhor realizar uma acção ou conjunto de acções que conduzem ao resultado desejado, está o homem a conceber um ideal.
Um ideal é na sua leitura mais simples, o uso dos sentidos na formulação de um conjunto de percepções (ideias), (com base teórica ou factual) que constituem um modo de acção e interacção de um indivíduo ou organização no sentido de diminuir o esforço, a dor e a incerteza quanto ao insondável dia de amanhã.
Podemos concluir que com esta enunciação, um ideal é sempre um instrumento para benefício do ser humano, de procura de elevação das sociedades para estágios de interacções generalizadamente mais gratificantes, menos escravizantes e mais libertadoras.
Esta é a minha visão de ideal, a concepção de um método, um modo de acção que nos permite sair da gruta com o menor risco, caçar os animais que são necessários para alimentar a tribo com o menor esforço e dor possível, e regressar á gruta para desfrutar o assado e a companhia dos outros membros do clã.
É claro que o tempo e a inteligência humana rapidamente trataram da divisão, e o conceito derivou para uma interpretação que se permitiu á dominação substituindo a paridade.
Passou então um ideal a ser considerado uma serie de acções, discursos ou ambições no sentido de manipular os intelectos ou consciências, das reais intenções de determinada formulação ou conceito.
Desta forma o ideal é hoje utilizado como instrumento de manipulação e convencimento dos indivíduos através de postulados ilusórios e não correspondentes á real natureza dessa formulação conceptual.
Também nesta matéria podemos avançar regressando ao passado, incorporando a aprendizagem do presente e devolver ao futuro o ideal que grandes homens descreveram, como a criação de um horizonte onde todos têm lugar, sem discriminação e com o igual direito a um pedaço do assado.

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