E está praticamente terminado, 2011, mais um ano, é verdade mas não um ano qualquer, muito menos um ano como qualquer outro.
2011 foi um ano especial, foi um principio e um fim, o Alfa e o Ómega como a vida assim o é!
Este ano trouxe o fim de uma realidade, fim de um conjunto de conceitos que suportavam, que enraizavam as crenças-pilar da construção de uma sociedade que até ontem julgaríamos duradouras.
2011 trouxe a primeira onda do tsunami que se nos apresenta desconhecido…ainda, o primeiro alarme de que algo profundo está para acontecer, para mudar, a paisagem que nos permite reconhecer o caminho do futuro está a desvanecer, o passado começa a tomar conta dos nossos medos e os sonhos estão anestesiados.
É sabido que as grandes mudanças causam sempre sentimentos de incerteza e receio, mas os factos e os indícios contribuem para o cimentar dessa experiencia, pois muito pouco ou nada nos faz crer que esteja realmente uma luz ao fundo deste túnel.
O ritmo dos acontecimentos permitem pressupor que existe uma formatação, têm seguido um padrão orientado num determinado objectivo, esse que resembla forças de domínio, opressão e extermínio no passado.
Trouxe também um princípio, o desenhar de outro conjunto de conceitos para construção de outra realidade que aparentemente perfilha muito menos respeito pelo ser humano.
Podíamos e devíamos estar numa época de mudança, mas uma mudança no sentido da evolução do ser humano, da espécie e do desígnio de uma nova sociedade, de outra forma de interacção entre indivíduos, consonante com a era digital, a robótica, a informação, a realização individual, a igualdade e a liberdade.
Mas 2011 não nasceu assim e sem essa intenção vai terminar, tendo oferecido no seu deambular pelo tempo o gosto amargo da perspectiva de um retrocesso, a ansiedade da incerteza e o receio de que o pior ainda está por vir.
Assim os votos de ano novo são votos de exigência para com os representantes da sociedade,
de vigilância e determinação na defesa de valores civilizacionais para os cidadãos e individualmente o gesto possível para ajudar outros a entender o sistema que na realidade nos mantém prisioneiros.
Um abraço que espero possa continuar livre.
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