Sociedade voluntária

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domingo, 13 de maio de 2012

Quanto tempo o tempo tem?

No convencimento de que o tempo não existe, não conforme habitualmente o classificamos.
Se por observação da envolvente, organização da existência e da actividade do ser humano houve necessidade de conferir uma sequência entendível, observável e até de certa forma previsível, o chronos nada mais é do que a segmentação do movimento, do perpétuo movimento cíclico que constitui a natureza do todo em nada mais nada menos que novos ciclos, ciclos dimensionados á escala dos movimentos do Homem.
Iludido pela constante alteração da realidade no perpétuo movimento de todas as coisas, desde o ciclo dia/noite, o ciclo das estações, o ciclo nascimento/morte, pelo sintomático processo de envelhecimento, pelo relacionamento da acção com o seu mapeamento entendível, sequencial, pela memorização do já realizado e da vontade do por realizar, o fracionamento do movimento deu origem aos conceitos de passado e futuro.
Na tentativa de procura da fronteira entre o presente e o passado ou o futuro, onde se encontra esse limite?, essa divisão que permite separar um momento dos outros, dividamos o ultimo segundo do presente em micro-segundos ou nano-segundos, qual deles pertence ao passado ou ao momento seguinte do futuro?
Isolado da percepção dos movimentos cíclicos de tudo quanto existe, nada mais permanece que o eterno presente, o passado a memória de acontecimentos realizados, o futuro a vontade, a ansiedade e a expectativa de novas realizações programadas na organização sequêncial e entendível.

3 comentários:

  1. Em filosofia, nem sempre é perceptível a necessidade de um pensamento. Passa-se isso comigo, neste momento...

    No que se refere ao futuro, parece ter-lhe encontrado um furo: há, num dado tempo do passado o desencadear de um fenómeno ou de um processo que determina consequências inevitáveis no futuro, sem que seja possível interromper no entretanto...

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  2. Nós vivemos sempre no presente, quando o "futuro" chegar será como presente e o passado que vivemos vivemo-lo sempre como presente,só se torna passado ou futuro quando recordamos o presente vivido ou projectamos o presente expectável.
    Na realidade deveriamos dizer, no meu presente "de amanhã" vou filosofar, porque quando o concretizar será presente, ou seja podemos expectar coisas para o presente "seguinte".
    Tudo se passa no eterno presente

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  3. O facto tem importancia no desenvolvimento da consciência e suas implicações sócio-económicas no sentido em que pode permitir a alteração do paradigma da acumulação (relacionado com a percepção do futuro)pela proposição da satisfação das necessidades do presente continuo.

    Quanto ao desencadear de fenómenos ou processos e respectivas consequências penso ser um assunto até certo ponto independente do "tempo" pois mesmo não realizando, não participando nas interacções que produzem resultados, a consciência permanece sempre em dado momento (qualquer momento em que está ciente)no presente,

    por outro lado as interacções infuenciam as caracteristicas do eterno presente, mas não a condição de eterno presente.

    Espero ter conseguido explanar com algum sentido.LOL

    Abraço livre

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