A máxima marítima tornada imperativo que sobrevale á igualdade de direitos de cada individuo num colectivo em caso de ameaça ou potencial perspectiva de gravoso risco de continuidade da vida é um perfeito exemplo do primordial instinto de sobrevivência da espécie humana.
Mulheres e crianças primeiro significa a continuidade da espécie, significa que depois de passada a tribulação está assegurada a vida para além de critérios sociais, religiosos ou raciais.
Este instinto, visivelmente presente em situações extremas, continua permanentemente activo no ser humano como em todos os organismos vivos manifestando-se em proporcionalidade da percepção da intensidade da descontinuidade.
Mulheres e crianças primeiro pode tornar-se um imperativo actual tendo em conta que navegamos por mares revoltos e tempestades impostas numa cruzada que para além de fazer escravos e condenar muitos aos porões pode revelar que os mantimentos não serão suficientes para realizar a travessia.
Para além da escassez de dinheiro (disponível para estimular) que está a parar a economia originando a redução dos rendimentos e aumento do desemprego que viciosamente abranda ainda mais a actividade económica criando ainda mais desemprego e reduzindo ainda mais os rendimentos, assistimos á concentração e apoderado de todos os meios de produção, assim como uma expansão imperialista de dominação territorial e dos recursos naturais que pode desencadear um conflito de maior escala.
A acrescer, dados inquietantes sobre previsões das colheitas e das criações de gado mundiais que deixam no ar e em algumas análises a forte possibilidade de uma fome generalizada, global, a reconhecer numa primeira fase como aumentos significativos e continuados dos preços dos alimentos até á sua escassez.
Se e quando o alarme da descontinuidade tocar, não esquecer, mulheres e crianças primeiro…
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