Sociedade voluntária

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

O erróneo conceito de competição.

Tornou-se vulgo o acento no instrumento competição como fator de desenvolvimento das sociedades.
Aplicada ao reino animal é compreensivel, a natureza mantêm o seu equilibrio preservando a sobrevivencia dos mais fortes.
Quando transposta para as sociedades humanas várias questões se levantam!
No reino animal os individuos  da maioria das espécies consomem os recursos existentes de forma pontual ou seja para satisfazer uma necessidade momentanea, libertando até os despojos, depois de regulada a carencia energética, para os mais fracos ou até outras espécies.
Mais, algumas sociedades animais que funcionam com sistema de aprovisionamento são sociedades colectivistas caso das formigas ou abelhas.
Nas sociedades humanas isso não acontece, os mais fortes consomem o que necessitam e aprovisionam o resto para o futuro.
A competição nas sociedades humanas acentua a divisão entre os individuos ao permitir o aprovisionamento perpétuo dos recursos.
O animal humano possui uma caracteristica que faz toda a diferença: a consciencia de si e do meio.
Além disso com o desenvolvimento humano e o domínio tecnológico, já deviamos ter percebido que a batalha evolutiva da natureza/universo permutou-se do plano fisíco para o plano da consciencia do animal homem.
Assim, á muito que as sociedades humanas, já deveriam garantir a a todos os seus elementos, a sobrevivência fisica digna, promotora de um desenvolvimento consciêncial.
Neste contexto o conceito de cooperação serve melhor o ser humano que o conceito de competição.

 

2 comentários:

  1. Inteiramente de acordo. A competição é um cancro inimigo da fraternidade. Se reparares, a tónica dominante do discurso do poder penetrado pelo management (e assim corrompido da sua natureza estritamente política para se tornar em teologia dos mercados), não fala noutra coisa a não ser de "competitividade". É a nova obsessão hegemónica. É em nome da dita que se tem vindo a destruir a economia. Há um outro conceito de expressão anglo-saxónica que, de algum modo, representa uma espécie de solução de compromisso entre ambos e, por isso mesmo, oferece alguma plasticidade de ideias a quem o queira usar criativamente: 'coopetition', que apela para uma dimensão mais lúdica da competição onde o objectivo é servir. Por exemplo, 'coopetir' para ver quem consegue oferecer mais refeições gratuitas a quem precisa, quem consegue plantar mais árvores, salvar mais bichos... Nesta lógica, todos são vencedores!

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  2. Plenamente. A titulo de exemplo descrevo uma experiencia recente:
    Viajei a uma vila do "interior" e consumui determinado serviço definido com X de produtos a Y preço. Consumi mais do que o referido na "tabela" e foi-me cobrado com desprendimento em relação ao real valor a cobrar, uma quantia simbólica apenas representativa de um consumo acrescido.
    O que me fez ver o futuro nos modelos do passado,
    foi a dissociação entre o custo real e a menorização da importancia da sua equivalência,
    sendo que o seu valor real implicava o retorno de uma verba capaz de nos parametros vigentes proporcionar maior criação de "riqueza".

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