Temos ouvido falar muito em NATO nestes últimos dias, em
como a questão da participação de Portugal na organização seria um factor de
impedimento a uma frente de esquerda. Ouvimos também uma tendência para
desvalorizar a questão, assim há que, a bem do entendimento destes assuntos
coloca-la em dois planos:
O plano da vida material das pessoas ou seja a melhoria
das condições do dia-a-dia das pessoas, dos portugueses empobrecidos ao longo
destes quatro anos, neste plano a questão Nato é básica, não impede os partidos
de esquerdas de conseguir reverter e melhorar as condições de vida dos
pensionistas e reformados mais pobres e alterar uma realidade que considero das
mais desumanas e conceptualmente mais difícil de aceitar, a pessoa que
trabalha, que tem emprego mas é pobre porque o rendimento do seu trabalho não
lhe permite sair da pobreza, triste muito triste.
Agora, no plano internacional, no plano geoestratégico de
facto neste momento a questão tem uma importância que nunca teve desde a
desintegração da União Soviética.
Aquando das negociações entre o Ocidente e Gorbatchev foi
prometido que a Nato não avançaria para os ex-países soviéticos facto que não
foi consumado encaminhando a construção de um cercamento da Rússia que precisamente
hoje se encontra num ponto de tenção entre as duas estruturas militares à muito
não visto.
Acontece que neste momento a Nato organiza os maiores exercícios
militares jamais realizados no mediterrâneo, relevando a posição de Portugal
nesta organização.
Vai Portugal integrar uma força militar para entrar numa
guerra com a Rússia e eventual apoio da China?
O assunto como se vê é de extrema importância.
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