Deus criou o universo, obrigatoriamente o nosso planeta e
tudo o que nele existe, incluindo nós mesmos, o que não significa que deus seja
uma entidade externa à criação e muito menos que sendo a própria (criação),
tenha de se excluir a sua existência.
A diferença é enorme, entre um universo que é, ele mesmo
deus e um outro em que deus se encontra fora, contemplando a sua obra e vigiando
quem quebra as suas regras.
Ora é precisamente neste ponto, nas regras e seu
cumprimento que balança a questão, é que o facto de concebermos deus como uma
entidade exterior à criação, ao universo, implica quase que obrigatoriamente
que o determinemos como uma entidade superior, superior à sua própria criação, o
que por sua vez conduz inevitavelmente ao estatuto de autoridade suprema.
Estando supostamente
a sua essência para lá do nosso entendimento, sendo uma entidade superior e
autoridade suprema, é então condição obrigatória obedecer.
Mas para obedecer é necessário saber quais as regras,
como quer deus ver essas regras cumpridas, e para isso, alguém entre os homens
ficará com essa responsabilidade, explicar aos outros o que deus quer.
Estão criadas as condições para o exercício da
autoridade, depois de alguém estar encarregue de nos dizer quais as regras a
cumprir, à que incumbir outro alguém de penalizar quem não cumpre.
Faz lembrar algo?
Sem comentários:
Enviar um comentário