Sim, eles têm medo, medo que as pessoas se organizem, medo que as pessoas se agrupem em comunidades autogeridas, que as pessoas suprimam mutuamente as suas necessidades, medo que se tornem independentes, mais responsáveis, mais exigentes, que deixem de estar dependentes do isco da esmola, que comecem a pensar que podem ser livres, que sonhem, que tornem o sistema dispensável e que com isso eles sejam prescindíveis.
É esse o maior medo, que se tornem prescindíveis!
Nos últimos anos do Estado Novo, eles acreditavam na infalibilidade do sistema repressivo, acreditavam nos pilares do fascismo: na eficiência da PIDE, na eficácia da censura, no medo... Estamos hoje como nessa altura. Com uma diferença: temos outra ditadura. Contudo há um ponto comum: não tem medo. Nenhum!
ResponderEliminarTal como nos tempos do fascismo (temos de chamar os bois pelos nomes), o actual sistema pouco difere. A liberdade não acaba no acto de votar (é isso que eles querem), a liberdade é muito mais e é isto que eles temem, o "muito mais".
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