Um governo determinado e com visão de futuro concebe a estratégia para a geração mais bem preparada de sempre mas não deve descurar a estratégia para a geração mais humanizada de sempre sob pena de se deparar com uma sociedade essencialmente consumista, egoísta, classista (mais ainda), segmentada (mais ainda) mas sobretudo uma sociedade vazada de valores humanos, sem ética muito menos moral.
Uma sociedade dividida entre os" have" e os" have not" ou se quisermos entre os escolhidos e os deploráveis (o termo não é meu atenção, mas o seu surgimento no léxico da actualidade tem significado).
Conforme a tecnologia avança, e avança veloz, uma nova geração é formada e preparada para se relacionar com ela, só que essa geração é cada vez mais diminuta e a necessidade que as cada vez mais rápidas novas tecnologias têm de elementos das novas gerações é também cada vez mais diminuta, assim qual será provavelmente o espelho do futuro?
Uma sociedade composta por uma elite de "capazes" e uma grande maioria de "obsoletos", esta tendência é já presente e os seus efeitos visíveis, os capazes de hoje já olham de cima e este olhar de cima reflete-se na ausência de solidariedade, na ausência de identificação com o outro e este outro inclui as gerações anteriores, as que também construíram o caminho, é como se o mundo tivesse começado com a nossa entrada nele.
Como tal a estratégia politica para a geração mais bem preparada sem uma estratégia para a geração mais bem humanizada pode conduzir á versão orgânica da automação e da inteligência artificial.
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