Sociedade voluntária

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domingo, 13 de setembro de 2015

Prendam os gajos esquerdistas à mesa das negociações



Foi despoletada uma onda, num mundo sano o surgimento desta onda seria natural, seria de esperar como resposta à explícita significação da actual construção da realidade mas, como não estamos num mundo são e a informação e os significados encontram-se infiltrados principalmente pela distorção propagandística a mente lógica não consegue formular os parâmetros do real e a onda que seria natural surge com alguma qualidade de surpresa.
Para quem segue os acontecimentos com alguma atenção os anos que agora vivemos têm sido acompanhados sempre com os olhos postos no eventual momento em que se tornaria visível a manifestação da onda.
Estamos na fase em que a onda ultrapassou os campos menos densos do pensamento e penetrou a densidade maior da acção, começou na Grécia com o episódio SYriza depois com a vitória do Podemos nas regionais Espanholas e avançou agora para Inglaterra com a eleição de Jeremy Corbyn como líder dos Trabalhistas.
A onda é uma onda revolucionária, ainda tímida podemos chamar-lhe uma onda “esquerdista”  no sentido do constatado no paragrafo acima, mas não nos iludamos é uma onda revolucionária, as pessoas estão a começar a perceber o “filme” e estão a perder o medo, para já o “medo intelectual” mas se a pressão continuar (e em minha opinião vai continuar universalmente) perderão também o medo físico e nesse caso poderá ser observada pelos tratados clássicos.
As “coisas” começam a ser de tal forma perceptíveis que alguns dos “ratos doutrinados” começam a abandonar o navio aflitos pelos mares navegados.
Um desses casos vi ontem no canal E com o excelentíssimo senhor Manuel Monteiro ex-líder do Cds, em que a dada altura o ilustre professor confessou fazer umas profundas reflexões de entre as quais uma, a de que até que ponto alguém poderia ser livre tendo uma hipoteca ao sistema financeiro relativa ao tecto onde abriga o seu corpo (palavras minhas) e mais algumas sobre a forma como as privatizações estão a ser realizadas ao ponto do seu contra-debatente observar que o doutor Monteiro não era o único, não se encontrava sozinho e que Jerónimo de Sousa o acompanhava.
Eu, zé-ninguém, estupido que nem uma porta, muito antes dos cinquenta ou sessenta anos de idade já tinha feito essas reflexões e retirado as minhas conclusões.
È apenas um exemplo do estado das coisas, continuando…
A onda propaga-se, há ligeiros sinais de possível surpresa nestas eleições, as pessoas estão a começar a perceber, por cá devagar, devagarinho e se a onda se dissipa sem aproveitamento politico, democrático e pacifico temo que a próxima seja oposta.

2 comentários:

  1. Há que ter o discernimento
    se se trata de onda
    se a consequência de pedradas no charco

    É que há tal "inocência" nessa vaga...

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    Respostas
    1. Este post é de certa forma um voltar ao assunto da pulverização da esquerda.
      Eu sei, eu sei a esquerda mole como chamou o prof. Martelo, a esquerda que pensa poder ser esquerda dentro da "uniformidade".
      E essa é a grande questão, os povos, os Gregos, os Portugueses, os Espanhóis, os Italianos na sua grande maioria querem ser Europeus, ainda que o sejam sempre, querem pertencer a uma afirmação maior, a tal construção supranacional, alguma coisa como os Estados Unidos da Europa.
      Pode eventualmente (a maioria) não querer este modelo de Europa mas outro realisticamente só será possível com a morte do monstro.

      Estou muito enganado?

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