Porque é tempo de passagem encontro-me estacionado, pode parecer um contra-senso mas na verdade estaciono num local de passagem.
Nos últimos tempos quase o único interesse que me move é o saber, mais do que saber é compreender. Nos últimos tempos a minha condição material degradou-se bastante em parte consequência da crise mas também porque sub-conscientemente sou impulsionado para ocupar todo o tempo na procura de respostas.
Apesar de muito cedo ter desenvolvido um sentido de igualdade, solidariedade e justiça, com 17 anos já argumentava com os amigos não ser possível uma sociedade deixar pessoas a viver em extrema pobreza, intuía também ser uma questão de equilíbrio inerente a um sistema, a qualquer sistema.
Ao longo destes anos a viver e observar os acontecimentos nas sociedades humanas, as relações entre os povos de diferentes geografias, credos e culturas e ao analisar os desenvolvimentos económicos e sociais sempre me pareceu existir algo para além dos explícitos motivos do conflito humano.
Intuitivamente surgia um vazio ao qual era necessário colocar uma moldura para entender os conflitos territoriais, militares, económicos, financeiros, sociais e religiosos, parecia-me que o processo de domínio da humanidade ultrapassava a "simples" apoderarão de recursos naturais, de domínio social ou outros que "aparentemente" são a razão de o mundo estar como está.
Instintivamente dei comigo a seguir os acontecimentos na Ucrânia, dei comigo a dar uma enorme importância aos seus desenvolvimentos sem concretamente saber porquê até perceber o que se estava a passar na "história paralela" ou provavelmente na verdadeira história da humanidade.
Se for este o real percurso, o real desenvolvimento, o ponto de focagem de todo o trajecto da humanidade, então temos vivido numa realidade paralela, numa realidade em que os acontecimentos não são o resultado de um processo evolutivo mas sim de um processo mecânico, pré-construído, determinado.
Se este for o real percurso da humanidade então não somos apenas cobaias dentro de uma jaula, somos cobaias dentro de uma jaula numa ilha perdida.
É mau, perceber que dirigentes mundiais com a responsabilidade de conduzir o mundo se orientam, orientam as suas acções por tais parâmetros, que retrocesso, que condição primária, que perigo.
À luz destas informações o mundo toma outra dimensão, as coisas deixam de ser o que eram para passar a outra, jamais olharemos a realidade da mesma forma.
Porque é tempo de passagem !
São 54 minutos da vossa vida mas acredito que vale mesmo a pena.
Sem comentários:
Enviar um comentário