A lasca trouxe o poder, elevou a capacidade de
sobrevivência do animal humano, garantiu mais e melhor, o prolongar da
continuidade da espécie, tornar-se superior.
Aquele que primeiro lascou, intuiu a capacidade inerente
a uma face afiada, tornou-se o homem tecnológico e com ele o seu grupo dominou.
O fogo transmutou a noite, era agora mais dia, o corpo movia
durante mais tempo com mais conforto, segurança e replicaram, dominaram; a
primeira elite do planeta.
A roda rodou rapidamente, transferiu para outros territórios
efeitos de poder, de conhecimento e reinou-se sobre os menos habilitados.
A tecnologia, resultado da capacidade de pensamento vingou,
o homem aspirava debelar as suas tormentas, prolongar a vida, salvaguardar a
existência num ambiente hostil.
A tecnologia facultava exponencial conforto, segurança,
domínio e projecção no futuro.
O homem criava a máquina, que fazia funcionar e
conquistava da natureza uma porção maior.
A máquina não parou e o homem cresceu.
O homem tecnológico viveu e morreu, das suas cinzas nasceu
a máquina que pensa, que pensa e que faz, que pensa o que faz.
O animal humano lascou a primeira pedra, replicou o fogo,
empurrou a roda, construiu a máquina e transmutou-se, preparando-se para nascer
novo homem, o homo “creativum”.
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