Sociedade voluntária

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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A extinção do homo “operarius”.



A lasca trouxe o poder, elevou a capacidade de sobrevivência do animal humano, garantiu mais e melhor, o prolongar da continuidade da espécie, tornar-se superior.
Aquele que primeiro lascou, intuiu a capacidade inerente a uma face afiada, tornou-se o homem tecnológico e com ele o seu grupo dominou.
O fogo transmutou a noite, era agora mais dia, o corpo movia durante mais tempo com mais conforto, segurança e replicaram, dominaram; a primeira elite do planeta.
A roda rodou rapidamente, transferiu para outros territórios efeitos de poder, de conhecimento e reinou-se sobre os menos habilitados.
A tecnologia, resultado da capacidade de pensamento vingou, o homem aspirava debelar as suas tormentas, prolongar a vida, salvaguardar a existência num ambiente hostil.
A tecnologia facultava exponencial conforto, segurança, domínio e projecção no futuro.
O homem criava a máquina, que fazia funcionar e conquistava da natureza uma porção maior.
A máquina não parou e o homem cresceu.
O homem tecnológico viveu e morreu, das suas cinzas nasceu a máquina que pensa, que pensa e que faz, que pensa o que faz.
O animal humano lascou a primeira pedra, replicou o fogo, empurrou a roda, construiu a máquina e transmutou-se, preparando-se para nascer novo homem, o homo “creativum”.

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