Sociedade voluntária

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O pastel de nada.


Condicione uma quantidade enorme de gente, de preferência com muita refinação, separe o mais possível uns dos outros através de uma máquina de divisão, faça uma massa de dependentes juntando uma boa porção de baixos rendimentos com educação deficiente e distracções de baixo estímulo mental. Mantenha em condições de adormecimento enquanto prepara os ingredientes principais para decorar tudo com uma perspectiva enganadora e ilusória.
À parte proceda a filtragem de toda a riqueza existente e distribua benefícios á elite que previamente manteve bem quente para que levede.
Unte bem aqueles que fazem parte do sistema e adicione custos e sacrifícios à massa que estava adormecida, se necessário iluda mais um pouco fazendo crer que nesta fornada as coisas serão diferentes.
Verta tudo em medidas de austeridade, deixe passar o tempo estipulado e depois de alcançados os objectivos, sirva em doses de humanidade reduzida ou em porções de escravidão maior.

7 comentários:

  1. Falou em todo o preparo... mas cuidado, não falou em temperatura para a cozedura... Quanto a mim, esta receita vai dar em esturro... ou pasteis a murro

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    1. Amigo Rogério
      Pasteis a murro...não me parece...o fermento está exposto ao ar à muito tempo, perdeu a validade...penso eu de que, mas posso errar.

      Um abraço livre

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  2. A tragédia, quanto a mim, é que apesar de nem todos estarem adormecidos, nem serem passíveis de serem untados pelo sistema, não se vislumbra forma de correr com estes sabujos, de uma forma democrática, claro...e se calhar é porque a maioria votante, se revê nesta gente e espera pacientemente que lhes seja atribuída qualquer benesse...

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    1. Amiga Fenix
      Governar é gerir um bolo e onde existe doce existirão moscas.
      Mais a sério, o que espero resulte progressivamente desta convulsão é um upgrade, democracia directa, referendária, quero ser responsável pelas decisões que afectam este país e não delegar numa representatividade que não representa.

      Abraço livre

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  3. João,
    apresentaste a perfeita receita para a desgraça que já coze em lume brando há muito e que recentemente entrou em ebulição.
    Espera... sentes este cheiro?
    Cheira a esturro.
    Parece-me que este cozinhado vai acabar entornado mas acredito que só desliguem o fogão depois de muitos se terem queimado.
    Um abraço.

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    1. Conheces aquela do sapo que é cozido em lume brando?
      Parece-me que as pessoas estão tão habituadas à temperatura que não se apercebem de que o lume já está no máximo.
      Sinceramente não sei se vamos reagir como seria necessário reagir.
      Abraço livre

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    2. É isso mesmo que penso...

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