Sociedade voluntária

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domingo, 5 de julho de 2015

Não há Horizonte algum !



Em ordem a entender o que se escreve neste espaço é preciso partir de uma premissa.
Que premissa?- a de que não existe certeza alguma sobre coisa alguma, as certezas só existem no contexto da determinação de um objectivo, um propósito, um resultado, um fim.
Com esta consideração em mente é muito mais fácil entender a realidade em que vivemos e porque cada um defende aquilo que defende.
As certezas só surgem no momento em que eu as torno pedras construtoras do objectivo que pretendo, ou seja, as certezas são as considerações em que acredito e, são depois transformados em valores que escolho tomar como meus de entre a miríade de opções á disposição para que formule a minha própria visão do mundo que constituo e que me rodeia.
Assim, aquilo que escolho para o mundo não é mais do que uma construção mental desapropriada de qualquer certeza e quando digo certeza refiro-me a garantia fora da concepção/percepção humana, não há na matéria nem na natureza qualquer certeza, nem princípio que dado a sua extensão não conduza a observações contrárias á sua enumeração.
Isto tudo para afirmar que a realidade é o resultado da aceitação colectiva de uma determinada construção mental, nada tem de real, pelo contrário, o real, a matéria, serve de suporte a essa construção mental, a essa decisão.

Neste contexto é relativamente pacifica a aceitação de que se pode apresentar uma construção mental própria, alternativa, individual, utópica, o que quer que se queira chamar sem que entre em conflito com a realidade pois esta não é sólida.
O que permite a ilusão da solidez da realidade é a nossa crença, a nossa adesão á construção mental colectiva dominante.

Voltando ao início, não é de esperar neste espaço uma completa adesão á construção mental vigente nem tão pouco cem por cento de coerência pois aqui estamos também perante uma construção mental.

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