Sociedade voluntária

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domingo, 11 de agosto de 2013

Podemos saltar etapas ou é obrigatório percorrer integralmente?


O trabalho!
Tenho imensa pena (ou não) em dizer mas jamais teremos trabalho para todos, o trabalho como fonte exclusiva de rendimento das grandes massas acabou!
Tem vindo a acabar progressivamente e, por cada nova indústria que se inicie a criação de emprego será sempre menor que em cada indústria que fecha.
Por outro lado a indústria assente em mão-de-obra barata e produtos sem acrescento de valor também têm os seus dias contados e não conseguirá proliferar pois a Ásia e a China conseguirão durante algum (bastante) tempo condições de concorrência dificílimas de ultrapassar.
Assim sendo, as industrias que nos interessam são as altamente desenvolvidas, de tecnologia de ponta, de investigação, desenvolvimento e inovação.
É portanto uma pescadinha de rabo-na-boca, se queremos competir terá de ser através do incremento tecnológico que significa menos postos de trabalho por unidade industrial.
Todas as unidades industriais a iniciar trarão menor suporte ao emprego e
simultaneamente maior especialização!
O que fazer a esse exército geracional de incompatíveis especialidades?
Decretar a instalação de indústrias ultrapassadas para os manter ocupados? Para que tenham trabalho? Produzindo coisas que ninguém quer? Ganhando ordenados de miséria para poder competir com os chineses e asiáticos?
Daí a importância das condições de vida no futuro!
Se olhando o futuro não em uma legislatura mas em 20 anos, o que veremos, façamos este exercício, o que vemos daqui a 20 anos?
Façamos então o que os políticos não fizeram a essa data.
Como estará o mundo e como poderá Portugal funcionar de forma sustentada e progressista no panorama global?
Pois é!
Voltemos então ao título – Podemos saltar etapas ou é obrigatório percorrer todo o caminho?
Devemos estar a lutar pelo direito ao trabalho ou devíamos começar a preparar as condições e lutar pela dignidade das condições de vida independentemente do trabalho, se sabemos que o trabalho tal qual o consideramos actualmente está em vias de extinção não faz muito sentido lutar por uma coisa que “evolutivamente” vai terminar.
Outra das razões para considerar a “dignidade das condições de vida” independentemente do trabalho executado é, a não plenitude da “era da informação” ou seja, as transformações na sociedade originadas pela “era da informação e do conhecimento” ainda não estão completas e uma das possíveis formas de “incorporação” de riqueza (para o PIB) no futuro pode ser a criação e transmissão de informação de forma individual e generalizada, transportando para um "reino" ainda menos fisico, substancial parte da actividade humana.


Próxima etapa a saltar: a economia.

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